Vejam só o que eu encontrei nas minhas andanças pela net... Mais uma excelente hermana bellydancer. Nunca tinha ouvido falar dela, mas achei impressionante a técnica e leveza nos movimentos. E que braços! Espero que gostem!
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Ambar -Argentina
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Bailarina Egípcia
Uma demonstração de uma bailarina egípcia. O que me encanta nelas é a expressão na dança e a interpretação da música.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Estilos de Dança
Mais um pouco sobre estilos de dança
"Nas minhas andanças pela net encontrei um site de uma bailarina Nanda Najla que continha um texto bem interessante sobre estilos, por este motivo, resolvi postá-lo aqui. Ele é bem completo. Vale a pena ler!"
ESTILOS DE DANÇA:
Confira os principais estilos de dança:
Bengala/Bastão e Tahtib:
• O Tahtib é uma dança beduína do Sul do Egito, originária dos nômades do deserto, que tangiam rebanhos com bengalas ou bastões. Inicialmente, a dança com este instrumento era exclusividade dos homens. É dançada com um cajado nas mãos, conhecido como shoumas, e este serve para fazer "acrobacias", que é o ponto forte da dança, representando uma espécie de luta, onde os homens atacam ou defendem-se de golpes imaginários.
Com o tempo, as mulheres fizeram uma adaptação desta dança masculina (Tahtib) e então surgiu a Raks Al Assaya, também conhecida como dança da bengala ou bastão (versão exclusivamente feminina desta dança).
O traje para esta dança deve ser folclórico. Os vestidos são os mais utilizados. Podem ser justos ou mais folgados, preferencialmente com aberturas laterais. Usa-se também lenços de medalhas nos quadris e enfeites na cabeça.
As mulheres manejam a bengala (ou bastão) demonstrando suas habilidades com o objeto, usando-o também como uma "moldura" para mostrar o corpo durante a execução de seus movimentos. É dançada em um ritmo chamado Saidi e os movimentos são graciosos, delicados e firmes. Nessa dança mostra-se a destreza da dançarina, o equilíbrio e o charme.
Candelabro:
• Raks Al Shamadan ou candelabro é uma dança tradicional Egípcia. Este tipo de dança existe há muitos anos e faz parte das celebrações de casamentos e nascimento de crianças. É tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a bailarina conduz o cortejo do casamento levando um candelabro específico para a dança na cabeça. Desta maneira, ela procura iluminar o caminho do casal de noivos, como uma forma de trazer felicidade para eles. Também faz parte deste ritual, a bailarina colocar as mãos dos noivos em seu ventre num certo momento da celebração, trazendo fertilidade para o casal.
Hoje em dia, é comum que a bailarina apresente a dança do candelabro no começo de seus shows. O fogo das velas representa a vida e elas (as velas), na maioria das vezes, são brancas, porém há quem goste de velas coloridas e acreditam em seus significados. O candelabro pode ser de 7, 9, 13 ou até mesmo mais velas, a critério de cada uma.
É de costume que a roupa seja toda preta ou toda branca, mas não há problema em dançar com roupas de outras cores também. Eu particularmente gosto muito da cor dourada para estas apresentações. O ideal é que a roupa seja composta e adequada para este tipo de dança que é considerada sagrada. Usa-se um véu na cabeça, por baixo do candelabro, e também um chadô (lenço que cobre a face deixando apenas os olhos expostos - este pode ser de tecido ou moedas), dando um certo mistério à sua dança.
Sua performance deve ser delicada. As ondulações e movimentos sinuosos são perfeitos. Os braços devem ser bem trabalhados e a cabeça sempre ereta. As músicas hoje em dia podem ser diversas, desde que lentas. Porém tradicionalmente, utiliza-se o ritmo zaffe (utilizado nas comemorações egípcias) e também o malfouf (tocado de forma mais lenta).
Dabke:
• O Dabke é uma dança folclórica de celebração, tradicional entre os povos árabes. Executada em grupo por uma longa cadeia de dançarinos homens e mulheres que se dão às mãos e se movem em círculo aberto, ou ao longo de extensa linha. Os passos cadenciados rígidos e a forte marcação com os pés indicam o papel primordial do homem nesta dança, cuja história está na cadência de seu passo decisivo ao amassar o barro para a construção da sua casa.
É a dança folclórica do Líbano, relativamente simples com contagem de quatro passos, sendo que o quarto é uma batida do pé no chão.
O Dabke ganhou espaço profissional com o aparecimento dos festivais nos anos 60, estabelecendo um padrão de excelência para essa forma de arte. Existem companhias profissionais que se apresentam em teatros ou são contratadas para abrir shows de outros artistas. E ainda hoje é possível encontrar, no interior do Líbano, nas aldeias mais afastadas, essa dança folclórica bastante pura e preservada.
Há dois tipos de Dabke: O popular, no qual se repetem os mesmos passos, normalmente dançado em festas e o Dabke coreografado, que agrega passos libaneses, sírios, palestinos, egípcios, etc. Um dos rítmos mais utilizados para se dançar é o jabalee.
Espada:
• Existem várias lendas para a origem da Raks Al Saif ou Dança da Espada. Uma delas diz que é uma dança em homenagem à deusa Neit, uma Deusa Egípcia Guerreira. Ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. Uma outra, diz que na antigüidade as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, com o intuito de mostrar que a espada era muito mais útil na dança do que parada em suas cinturas ou fazendo mortos e feridos. Dançar com a espada permite equilíbrio e domínio interior das forças densas e agressivas. Uma terceira lenda conta que na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um deles uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveriam provar que tinham muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-los.
Outra história remete à época de guerra entre turcos e gregos. Os otomanos teriam contratado algumas bailarinas para levarem vinho e dançarem para os soldados inimigos. Quando ficavam embriagados, elas deveriam pegar suas espadas e outras armas para dançar, facilitando o ataque. Uma outra lenda, diz que grupos de beduínos atacavam viajantes que passassem perto de seus territórios, no deserto, durante a noite, para roubar as mercadorias que transportavam. Os mercadores eram mortos e as mulheres beduínas ficavam com suas espadas. Para comemorar a vitória da tribo, elas dançavam exibindo-as como troféus. Existe ainda a versão que diz que esta dança é ocidental, ou seja, não está na cultura do oriente.
Hoje em dia, utilizamos a espada em nossas apresentações, demonstrando equilíbrio e habilidade em conjunto com os movimentos que devem ser realizados graciosamente. Numa performance com a espada, a bailarina deve equilibrar a espada na cabeça (realizando giros), no peito, na cintura, no dorso das mãos e nas pernas com muita suavidade e precisão. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir certo mistério. Não é aconselhável dançar um solo de Derbake com a espada por exemplo. A música deve ser composta inicialmente de momentos lentos e no final acelerar. Um bom ritmo seria o wahd wo noz que possui marcações e momentos ideais para se equilibrar a espada.
Flores:
• A dança das flores, tradicionalmente era realizada na época da primavera, quando as camponesas egípcias iam trabalhar na colheita das flores. A história diz que, para amenizar o trabalho da colheita, elas cantavam e dançavam. Mais adiante, tornou-se uma dança comum nas festas populares. Enquanto dança, a bailarina entrega as flores de seu cesto aos espectadores.
As Ghawazee também realizam a mesma dança, também conhecida como Dança do Cesto. Neste caso, a dançarina acrescenta algumas características próprias, como equilibrar o cesto de flores na cabeça, mexer suas saias rodadas enquanto dançam, e prender uma flor entre os dentes, por exemplo.
Guedra:
O Guedra é uma dança folclórica ritualística de invocação (dos povos do Tuaregs), onde se transmite energia através de movimentos dos dedos das mãos e punho, podendo ser realizada por uma mulher, duas ou uma mulher e uma criança que adornam seus dedos com henna. Inicia-se a dança com a cabeça coberta com véu preto ou azul. Cada articulação se move com um padrão cadenciado, em movimentos sincopados de ombros e área peitoral, que seguem as batidas rítmicas do instrumento de percussão, enquanto sua cabeça balança lateralmente e seu cabelo, adornado com todos os tipos de conchas e contas, aumenta a beleza do quadro.
Com a intensificação do ritmo, a bailarina cresce e torna-se ofegante, seus contornos faciais parecem tensos e contorcidos, os olhos se fecham, todo o seu ser parece de repente estar tomado por um feitiço. Exausta pelo esforço físico e emocional da dança, ela deixa o círculo mágico e outra toma o seu lugar.
O ritmo é similar à buleria flamenca, devido à complexidade. Possui um sentido diferente das danças de transe Zaar e Hadraa, já que é puramente alegre e não está conectada à sacrifícios de animais.
Os instrumentos usados são feitos com potes de barro, cobertos com pele de animais, presas com cordas.
Fonte: Samnya AbrasOrganização e adaptação do texto: Nanda Najla
Hagallah:
• Hagallah é uma dança de celebração e é realizada pelos beduínos da região de Mersa Matruh, próximo à Líbia, mas também é encontrado em outras partes do Oriente Médio. Acredita-se que a palavra Hagallah, venha do árabe hag'l, que designa "saltar, pular". É realizado junto dos noivos no Zaffe (procissão), que corresponde também à época de colheita.
Hagallah refere-se à dança, música e a esta celebração. Familiares e amigos acompanham com cantos e palmas, mostrando sua solidariedade para com os noivos. A figura central da festa é uma bailarina, que pode ser membro da família da noiva. A bailarina pode estar total ou parcialmente coberta por véus. Ela dança a frente de um homem, denominado de kefafeen. Esta dança não representa uma disputa entre homens e mulheres, mas denota o poder entre estes gêneros. A mulher caminha com passos curtos e shimmies à frente da procissão. Ela pode portar um bastão ou um véu em suas mãos, porém, o bastão não é manuseado como na dança Raks Al Assaya (Dança da bengala). O jogo sedutor na festa de casamento é muito complexo e hoje se encontra deturpado nas grandes cidades. No final da cerimônia, a bailarina ajoelha-se diante do kefafeen e entrega seu bastão ou seu véu. E ele lhe dá um ou dois braceletes como símbolo de força e sorte diante da nova proposta.
No Iraque, há uma versão para o Hagallah, onde a bailarina porta uma espada e os homens tentam tirar seu véu. Algumas vezes o resultado é desastrosos, podendo haver feridos.
Jarro:
• Dança com Jarro ou Samaritana, é uma dança da fertilidade, tendo como elemento a água, é também conhecida como Dança do Nilo. Acredita-se que sua origem tenha relação com as cerimônias realizadas pelos faraós à beira do rio Nilo, pedindo que ele inundasse suas margens para fertilizar as terras, beneficiando nas plantações e colheitas.
Em outra versão (folclórica), essa dança seria a representação da vida dos povos do deserto, onde a bailarina faz o trajeto de uma nômade que sai de sua tenda em direção ao oásis com o intuito de buscar água. No caminho, ela executa movimentos com o jarro como: equilibrar o jarro na cabeça, parar para descansar, refrescar-se, pegar a água e, finalmente, voltar à tenda.
Dançada apenas por mulheres, a bailarina deve usar uma roupa folclórica, que cubra todo o corpo, com uma faixa nos quadris, imitando o traje das beduínas, inclusive fazendo uso dos chadores (véus que cobrem o rosto). É necessário habilidade, equilíbrio e boa expressão facial. Pode ser utilizado com rítmicas folclóricas como o Fallahi (que é bem acelerado), ou mais lentas com movimentos sinuosos, representando os banhos das Sacerdotisas do Nilo.
O uso do jarro também pode ser visto na Fallahi, dança egípcia camponesa.
Khaleege:
• Khaleege é uma dança folclórica originária do Golfo Pérsico, área da Península Arábica que engloba países como Arábia Saudita, Kuwait, Oman, entre outros. O nome da dança vem exatamente de suas origens: khaleege, em árabe, significa golfo. Também é conhecida como Raks El Nacha'at.
Essa dança, praticada somente por mulheres, é comumente vista em festas femininas e casamentos desde a Antigüidade até os dias de hoje. São festas fechadas e familiares.
No oriente, é chamada dança dos desertos, já que os nômades são os dançarinos tradicionais. As mulheres vestidas com suas longas túnicas de corte geométrico e ricamente bordadas, dançam de forma bastante sensual movendo a cabeça, mexendo os cabelos e marcando o ritmo com os pés.
A execução da dança traz uma simples marcação para os pés, sendo o ponto forte da apresentação o trabalho de mãos, braços, cabeça (e cabelos - em geral longos), com movimentos circulares, etc.
A música para o khaleege também é diferenciada: o ritmo utilizado é o soudi.
Meleah Laff:
• A meleah é um tipo de véu oriental que ganhou popularidade no Egito nas décadas de 30 e 40, sendo única e exclusivamente deste país.
Meleah Laff significa lenço enrolado. Enrolado porque nesta dança as mulheres se envolvem em lenços pretos, de tamanho grande e tecido grosso, que pode ser ou não bordado. Seu maior atrativo era que, apesar de esconder o corpo, por ser escuro e pesado era ao mesmo tempo revelador, pois o tecido era enrolado bem apertado ao redor do corpo.
Meleah Laff era dançada pelas meninas do Cairo, sendo muito comum que a bailarina fosse extremamente carismática, muito charmosa e bastante exagerada nos gestos. São gestos bem típicos das mulheres balades do Egito. Hoje em dia é normal que você veja uma bailarina representando esse personagem e entrar para dançar mascando chicletes e falando em árabe no meio da música, por exemplo.
Apesar da meleah (véu) ter origem nos trajes humildes dos vilarejos, por ser inspirado nos xales usados pelos gregos de Alexandria, tornou-se item muito popular da moda egípcia.
A borrka é um tradicional acompanhamento desse traje, que nada mais é, que um lenço tricotado para o rosto, com amplos buracos que em vez de cobrir (no sentido tradicional do Islã), acrescentam mistério ao rosto. Ainda para compor o figurino, é utilizada uma tiara de flores na cabeça.
Apesar de dançar profissionalmente não ser considerado "certo", as mulheres encontravam uma maneira de realçar suas danças nas ocasiões festivas e comemorações. Começavam a dançar lentamente com a meleah, usando o gesto de se enrolar como parte da dança. O véu enrolado apertado e justo ao corpo mostrava as curvas do quadril e da cintura. Assim, o véu era utilizado para criar um tipo de dança provocante e sedutora, ainda que totalmente coberta. A dança com a meleah representa a dança misteriosa mais usada para o flerte e para conseguir um marido.
Para dançar o melea-Laff, é preciso que você saiba enrolar o véu de maneira correta no corpo, manuseá-lo e ter muito charme e graça!
O ritmo utilizado pode ser o fallahi ou até mesmo o malfouf numa versão mais acelerada.
Pandeiro:
• Tradicionalmente no oriente, a mulher sempre teve habilidade para tocar o pandeiro. Na maioria das vezes, ela tocava para outras mulheres dançarem. Porém, com a influência cigana, ela passou a tocá-lo também durante a sua própria dança.
Ligado a ritmos folclóricos, esse instrumento está relacionado com o mais autêntico espírito oriental, por isso o traje de quem o toca e dança deve ser um vestido e xale no quadril. Com o som forte do pandeiro, a bailarina deve marcar o ritmo com precisão e graça com o toque das mãos, nos quadris, nos ombros, na cabeça, nos joelhos e nos pés.
Era sempre feita com o sentido da comemoração, da alegria e da festa. Assim como os snujs, acompanha-se seu som com o ritmo da música. A música ideal é a que tenha bastante toques de pandeiro em sua composição. O pandeiro árabe (daff) tem um som mais forte.
Fonte: Samnya AbrasOrganização e adaptação do texto: Nanda Najla
Percussão (Derbake):
• Derbake ou Tabla é um instrumento de percussão imprescindível na música árabe, pois é ele que marca o ritmo do resto do grupo musical.
Uma versão da origem desta modalidade vem da antiguidade, quando as pessoas praticavam rituais e estes eram acompanhados pelas batidas fortes da percussão, onde a sacerdotisa as acompanhava com precisão com os movimentos de seus quadris, exaltando as forças da terra. Elas entravam dançando nos templos, energizando com seus pés, que carregavam seus corpos que se movimentavam representando as forças dos elementos e animais da terra. Com a invasão dos povos árabes no Grande Egito, os árabes se encantaram com essa dança, ensinando-a para suas mulheres.
Na atualidade, as bailarinas utilizam esta dança para encantar o público, pois é muito apreciada devido ao domínio corporal e técnica que a bailarina transmite.
E porque "solo de derbake"? Bom, esse termo aplica-se somente em casos onde a bailarina dança sozinha (solo). Mas isso não impede que este estilo de dança seja dançado em grupo (o que é bastante comum), mas neste caso não se deve aplicar o termo solo.
Nos solos de percussão, a bailarina deve possuir uma leitura percussiva perfeita para executar um boa performance e para isso ela deve estudar (escutar) muito a música que pretende apresentar. Ela deve ser expressiva e possuir movimentos fortes e precisos.
Quando a bailarina dança com música ao vivo, entre o derbakista (músico) e a bailarina, precisa existir um entendimento mútuo, e é necessário que ele conheça o estilo de dança dela e ela o estilo de toque dele no caso de uma improvisação. Mas é muito comum também, a bailarina escolher a música, estuda-la previamente e executa-la ao vivo. Mas é importante e fundamental que a bailarina, em ambos os casos, conheça os principais ritmos árabes, pois isso irá facilitar muito seu entendimento da música e fará com que ela se sinta segura e não seja pega de surpresa.
Fonte: Samnya AbrasOrganização e adaptação do texto: Nanda Najla
Punhal:
• Hoje em dia o punhal é considerado uma derivação da espada, não tendo um significado padrão, afinal quase nada se sabe sobre sua origem. Há uma versão que diz que essa dança era uma reverência à deusa Egípcia Selkis, a Rainha dos Escorpiões e representava a morte, a transformação e o sexo. Há também a versão que fala que esta dança era usada nos bordéis da Turquia e também se diz que na Arábia e no Marrocos é uma tradição.
Sabe-se também que o punhal era uma arma para defesa de situações que colocassem em risco a vida. Por isso, ficou bastante associada aos ciganos (que também o associavam como um símbolo que purifica as energias) e às mulheres que dançavam na rua em troca de dinheiro e utilizavam-no em situações de perigo.
Existem crenças sem muitas fontes de veracidade a respeito dos significados de cada gesto que a bailarina faz com o punhal durante sua dança. Vejamos alguns deles:
- Punhal com a ponta para fora da mão: A bailarina está livre, sem compromisso; - Punhal com a ponta para dentro da mão: A bailarina está comprometida;- Punhal deitado no peito: Demonstração de amor, ela está apaixonada;- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: Denotação de sexo;- Punhal na testa com a ponta para baixo: Magia;- Punhal na horizontal da testa: Morte;- Punhal entre os dentes: Desafio;- Equilibrar o punhal no ventre: Fertilidade;- Rodar com ele na testa: Destreza, habilidade;- Bater o punhal na bainha: Chamado para dança;- Punhal entre as mãos: Homenagem a alguém da platéia; boas vindas, alegria;- Passar o punhal pelo corpo: Sedução;- Pegá-lo com a ponta dos dedos e rodá-lo: É o sucesso da bailarina.
O traje para se dançar com o punhal é comum e as músicas devem ser bastante misteriosas e fortes. Dizem que as turcas são ideais. Um dos ritmos mais utilizados é o Wahd Wo Noss.
Ritualística:
• A dança ritualística é uma dança de devoção e poder. É uma das formas de honrar o divino feminino e a natureza. aqui especificamente passarei algumas informações sobre a dança dos 4 elementos. Eles são a Terra, o Ar, o Fogo e a Água. Cada um destes elementos podem tem movimentos específicos na dança que o simbolizam. Ao executar esta dança, é necessário se inspirar no sentido de cada elemento da natureza, absorvendo de cada um deles, todo o seu potencial.
"Terra, meu corpo..."
"Nos campos, nas florestas, nas montanhas e no nosso corpo, sentimos a força da Mãe Terra. Nela reside a força que nos nutre e alimenta para a vida. A terra possui tudo o que o homem precisa para viver e é neste ensinamento muito simples, que devemos descobrir onde residem nossas riquezas... é na terra, no nosso corpo, Templo Sagrado, lugar onde reside também o nosso Ser Superior..."
Dançando com a Terra::
"Desde o tempo dos rituais, sacerdotisas traduziam o som das batidas fortes da percussão dos tambores sagrados através de seus quadris, para exaltação das forças da terra. Elas dançavam nos templos, com os pés descalços, absorvendo toda energia provinda da Terra."
Os movimentos que estão relacionados ao elemento Terra são todos os pélvicos, especialmente os shimies e batidas. Uma boa forma de interpretar este elemento na dança, é através de um solo de derbake, onde a bailarina pode expressar toda essa energia, acompanhando as batidas da percussão com o corpo.
Algumas modalidades de dança também representativas: Solo de Derbake, Dança das flores, Dança da bengala, Dança com Pandeiro.
"Ar, meu sopro..."
"Nos ventos, nas brisas, na nossa respiração... sentimos o sopro de vida vindo do Universo. Ao nascer, nós iniciamos este ritual de respiração: inspirar e expirar, onde a vida e a morte se encontram continuamente, ensinando-nos a lição mais importante no ato de viver que é compreender a própria morte como parte inseparável da vida."
Dançando com o Ar:
"Uma bailarina deve ter a sensibilidade de sentir seu corpo, envolvido por véus que flutuam no ar, simbolizando os ventos que sopram no deserto, desde os tempos ancestrais..."
Estão relacionados ao elemento Ar os movimentos de braços, mãos, pescoço, cabeça e cabelos. Uma boa forma de interpretar este elemento na dança, é através da dança com Véus, onde a bailarina os utiliza como um prolongamento de seus braços, executando movimentos que fazem com que o véu se movimente no ar, fazendo com que a energia circule por todo o ambiente.
Algumas modalidades de dança também representativas: Dança com Véus, Dança com Snujs, Khaleege.
"Fogo, meu espírito..."
"No sol, nas estrelas, nas fogueiras, brasas e no nosso coração, sentimos a luz da vida. O fogo é o elemento das transmutações, das transformações. Sua força luminosa indica o caminho que deve ser seguido por aquele que conhece os ensinamentos do Universo. O fogo é a chama que, acessa dentro de nós, faz brilhar nossa aura e nossos olhos, revelando a força de nosso espírito."
Dançando com o Fogo:
"A dançarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e transmutador. Utilizando-se do fogo das velas, faz a representação da vida e a união entre as pessoas."
Estão relacionados ao elemento Fogo, os movimentos do busto, tronco, camelos, tremidos, cambrês e shimies, ondulações e batidas de ventre. Uma boa forma de representar este elemento é através da Dança das Taças, onde a bailarina celebra seu corpo e abre caminhos.
Algumas modalidades de dança também representativas: Dança das Taças, Candelabro.
"Água, meu sangue..."
"Nos mares, nos rios, nas corredeiras, nas cachoeiras, nas nossas veias, correm fluídos de vida e de força. A água é a senhora das emoções. Através dela todo nosso corpo libera os medos, as tristezas e as alegrias. Ela é responsável por purificar os corpos e é também o sêmem do homem quando cai sobre a terra fertilizando-a. A água é a força escorrendo pelas entranhas da terra e por nossos corpos. Sem ela não sobreviveríamos, não teríamos a vida..."
Dançando com a Água:
"Representando a fertilidade, o Rio Nilo era venerado no Antigo Egito. A dança era executada em cerimônias presididas pelos faraós à sua beira, para pedir ao rio que inundasse as terras em suas margens, possibilitando as plantações e as boas colheitas."
Estão relacionados ao elemento Água, os movimentos de Oitos, ondulações e redondos, além de mãos e braços. Uma boa forma de representar este elemento é através da Dança com Jarro, onde a bailarina representa o fluir das águas do Rio Nilo em seus jarros.
Algumas modalidades de dança também representativas: Dança com Jarro, Fallahi.
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Dentro de uma só dança, é possivel interpretar todos os elementos. Pode-se também utilizar símbolos que representem-nos como por exemplo: Terra - pedra; Ar - pena ou incenso; Fogo - vela; Água - taça com água.
Serpente:
• Existe uma versão para a origem da Dança com Serpente que, antigamente as sacerdotisas dançavam em reverencia as Deusas com uma serpente de metal, muitas vezes de ouro (não eram com o animal, pois este era considerado sagrado e símbolo da sabedoria), para se conectar com o feminino. A serpente era apenas representada pelos adornos utilizados por elas e pelos movimentos de seu corpo.
Existe um registro no livro La Danza Mágica Del Vientre, de Shokry Mohamed, de uma bailarina retratada numa dança empunhando uma serpente de verdade. Nos dias atuais, temos inicialmente a popularização da dança do ventre com a serpente nos Estados Unidos. Vêem-se algumas bailarinas dançando com cobras de verdade, porem deve ser visto apenas como show de variedades (performances), já que nem nos primórdios da dança (de acordo com a lenda) o animal era utilizado.
Nesta versão da dança, a bailarina entra com a serpente enrolada em seu corpo, fazendo movimentos sinuosos e leves. A bailarina pode também pega-la com as mãos durante a dança e a colocar em outra posição no corpo (lembrando sempre que a serpente busca segurança e estabilidade, portanto ela sempre irá procurar se enrolar seja onde ela estiver).
Snujs:
• Uma versão da história diz que a dança com snuj era usada pelas sacerdotisas na antiguidade para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente.
Hoje as bailarinas o utilizam como um instrumento percussivo para acompanhamento rítmico durante suas apresentações. Conhecidos como Snujs, Cimbalos ou Saggat, são 4 pequenos pratinhos de metal que a bailarina usa nos dedos, sendo um par em cada mão, presos nos polegares e dedos médios com o elástico colocado atrás da cutícula.
Existem vários tipos e tamanhos de snujs, com sons e timbres variáveis. Pode ser tocado livremente, seguindo a música dançada, ou dentro do ritmo específico em questão.
Conhecer e aprender a diferenciar o ritmo árabe é essencial para conseguir tocar snujs. É preciso desenvolver um ouvido musical, as noções de ritmo e contagem de tempo. Um mesmo ritmo pode ficar mais lento ou mais rápido, conforme a música que estiver sendo executada. Se ainda não houver domínio sobre a parte musical, fatalmente a bailarina se atrapalhará quando o ritmo da música se alterar. Ela corre o risco, inclusive, de errar também na sua movimentação corporal.
As bailarinas com maior experiência costumam florear mais, ou mesmo tocar durante toda a sua dança. Mas isso não é regra: os snujs podem ser tocados só em alguns momentos, acompanhando uma pequena seqüência, a estrofe da música ou algumas batidas do derbake.
Uma outra possibilidade é da bailarina dançar ao som dos snujs, sendo que estes estarão sendo tocados por um músico.
Este instrumento requer muita prática e habilidade. Pode parecer difícil, mas com treino e seguindo algumas pequenas regras, como suspender o toque em momentos de taksim, tocá-los sempre alternados, observar as mudanças de ritmo dentro da música (e acompanhá-la dentro do compasso) e finalizar no momento correto, a bailarina só trará mais brilho à sua performance.
Taças:
• Acredita-se ser uma dança ocidental e não é considerada folclórica pelos povos do Oriente. Ela deriva-se da Raks Al Shemadan (dança com candelabro), portanto possui a mesma simbologia, sendo hoje comumente vista em casamentos, batizados e aniversários, servindo para iluminar os caminhos dos homenageados.
Nesta dança, a bailarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado, onde o fogo das velas representa a vida.
A bailarina dança com 2 taças com velas nas mãos cujo tamanho das velas não devem ultrapassar 2/3 do comprimento da taça, para que a chama da mesma não fique de fora da taça. Deve-se utilizar músicas lentas (no caso de casamentos e comemorações deve-se utilizar o zaffe), fazendo movimentos ondulatórios com o corpo e braços bem elaborados e emoldurados. Ilumina-se as regiões do corpo com as taças, onde se quer voltar a atenção de quem esta assistindo. Durante a dança, as taças também podem ser equilibradas em partes do corpo da bailarina, como coxas, barriga, cabeça, etc. demonstrando equilíbrio.
Tribal:
• Estilo Tribal, a dança do novo milênio? Não é folclore, nem é etnicamente tradicional. O Estilo Tribal é uma modalidade de dança que funde conceitos e movimentos de danças étnicas das mais variadas regiões, como Dança do Ventre, Flamenco, Dança Indiana e Dança Havaiana, além de folclores de diversas partes do Oriente e danças tribais da África Central.
É uma dança ecológica até em seu figurino, pois faz utilização de sementes, flores, conchas e tudo o mais que remeta à ancestralidade e naturalidade. Para dançar Tribal é preciso conhecer as etnias que irão compor o estilo através de estudo, o que fará com que nos aproximemos das diversidades culturais, dando margem à nossa compreensão das mesmas. Assim, o Tribal seria a dança do novo milênio, da universalização, da globalização. A Dança do futuro!
Histórico - A vertente surgiu nos EUA, em 1969, quando a bailarina Jamila Salimpour, ao fazer uma viagem ao Oriente, se encantou com os costumes dos povos tribais. De volta à América, Jamila resolveu inovar e mesclar as diversas manifestações culturais que havia conhecido em viagem.
Nos anos 1980, novas trupes já haviam se espalhado pelos EUA. Masha Archer, discípula de Jamila, ensina à Carolena Nericcio a técnica criada por Jamila baseada nos trabalhos de repetição e condicionamento muscular do Ballet Clássico adaptados aos movimentos das danças étnicas. Incentivada pelas diferenciações do novo estilo, Carolena forma sua própria trupe e dá novos contornos à história do Estilo Tribal. Com sua trupe Fat Chance Belly Dance, inseriu no Estilo Tribal a característica mais forte do Estilo Tribal Americano: a improvisação coordenada. Este sistema de improvisos parece uma brincadeira de "siga o líder" e baseia-se numa série de códigos e sinais corporais que as bailarinas aprendem, trupe a trupe. Esses sinais indicam qual será o próximo movimento a realizar, quando haverá transições, trocas de liderança, etc.
Uma nova postura foi adotada pelas bailarinas desse estilo, inspirada no flamenco, com posições corporais diferenciadas visando maior amplitude aos movimentos.Nos anos 90, o Estilo Tribal passou a demonstrar a presença de outras danças. Além da Dança do Ventre, introduziu Dança Indiana, Flamenco, dança moderna e jazz. Nasce ai o Neo Tribal, um sub-estilo que já não se mantém preso ao sistema de sinalização do Estilo Tribal Americano, trabalha com peças coreografadas e ganha liberdade com a adição de novos movimentos, inovações cênicas, acessórios e composição de figurino.
Em 2002, no Brasil, Shaide Halim (SP) cria a Cia. Halim Dança Étnica Contemporânea - a primeira trupe tribal do Brasil, criando assim o Estilo Tribal Brasileiro, adicionando algumas danças brasileiras ao estilo.
Véu:
• A dança com véus está presente em várias passagens de textos que falam sobre a dança dos povos do antigo Egito. Ela foi popularizada nos EUA e tem suas raízes antigas na "Dança dos Sete Véus", cuja versão mais antiga refere-se às antigas divindades que ascendiam aos céus e que para adquirir auto-conhecimento, desciam até o mundo subterrâneo onde teriam que passar por sete portais, sendo que em cada um deles deveria deixar um de seus atributos.
O maior obstáculo para nosso entendimento da história da dança com os véus vem das versões distorcidas da dança, apresentação inapropriada das dançarinas e informações imperfeitas fornecidas por historiadores.Em 1950 havia pouquíssimas dançarinas orientais nos EUA. Podiam ser encontradas apenas em casas noturnas étnicas. Se elas executavam sua dança com véus, era mais o resultado das influências de Hollywood, que mostravam as mulheres seminuas, posando como bailarinas de harém, do que propriamente um costume trazido de seu país de origem "Marrocos".
Um fato interessante é que aqui no ocidente, as bailarinas dançam grande parte de sua apresentação utilizando o véu (até mesmo durante toda a música), o que já não acontece no oriente, onde utilizam-se dele apenas para fazerem suas entradas.
A magia e a sensibilidade de uma bela dança utilizando os véus pode proporcionar uma experiência maravilhosa para os expectadores. Atualmente, o véu é o principal elemento na entrada da bailarina. Como um prolongamento dos braços, engrandece sua figura, chamando a atenção para sua chegada.
Mas além de um véu, existem várias possibilidades de utilização dele, que tornam essa dança ainda mais grandiosa: a dança com véu duplo (dois véus), a dança do sete véus, a dança com nove véus e também a dança com véu wing (véu que se parece com uma asa).
Tipos de tecido para o véu:
• Chiffon: é um clássico na fabricação de véus. Chiffon de nylon ou de seda são geralmente mais leves. • Voal: é mais pesado que o chiffon e bastante liso. Mas seu efeito visual não é tão bom quanto o Chiffon (embora seja perfeito para quando precisamos de transparências). • Organza: mais pesada e rígida que o voal. Uma categoria nomeada organza cristal possui um brilho extra. • Lamê: Geralmente são rígidos, mas existem alguns mais maleáveis. Prefira a qualidade conhecida como lamê líquido (feito com jérsey ou voal no verso) para conseguir o efeito de rotação ideal do véu. Ele é ideal para causar o efeito de um flash, em um visual mais dramático. • Crepe: Existem variedades mais leves ou mais pesadas. Alguns são levemente ásperos, outros lisos. Os mais delicados possuem alguma transparência e apesar de opacos, dão um visual bonito e são fáceis para trabalhar. Uma qualidade chamada Crepe Georgete é a mais comumente usada.
• Seda: Algumas qualidades de sedas naturais costumam ser bem leves. A seda etoille é macia, levemente enrugada e de uma leveza única. É um tecido de textura macia e lisa. A seda pura é um dos tecidos que proporciona movimentos muito bonitos com o véu.
O Formato dos Véus:
• Retangular: Esse formato é muito usado em danças étnicas e solos lentos, e fica melhor se fabricado com tecidos finos e leves. A vantagem desse véu é que seu trabalho torna-se mais expressivo. • Meio Círculo: Esse modelo é melhor usado em músicas mais agitadas, para realizar giros rápidos. O efeito visual do giro é muito melhor visto. Prefira tecidos um pouco mais encorpados.
As cores dos Véus:
• Verde: Utilize-a para representar as energias da natureza. Significa a esperança e perseverança. Também simboliza a fertilidade, o crescimento e a saúde.
• Vermelho: Utilize-a para elevação da energia física. É a cor do impulso sexual, que também representa a liderança, força de vontade e auto-estima.
• Amarelo ou Dourado: Utilize-a para trazer vivacidade, alegria e confiança. É uma cor que produz desinibição e diminui a ansiedade. Também está relacionada à cura de males espirituais.• Cinza ou Prateado: Utilize-a para ter equilíbrio e estabilidade.
• Violeta: Utilize-a para absorver a energia cósmica e para ter inspiração espiritual. Representa a magia, purifica e eleva o espírito.
• Marrom: Utilize-a para se conectar com a Mãe Terra. Simboliza a disciplina e a constância. Absorve toda a negatividade.
• Azul: Utilize-a para ter tranqüilidade, calmaria e clareza mental. Produz segurança, saúde emocional e afetuosidade.• Preto: Utilize-a para absorver, transmutar e devolver as energias negativas transformadas em positivas. Favorece um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial. Remove obstáculos e emoções não desejadas.
• Laranja: Utilize-a para ter sucesso e agilidade mental. Desencoraja a preguiça, atrai boa sorte e prosperidade.
• Rosa: Utilize-a para simbolizar o amor espiritual sem conotação sexual, o romance. Eleva as vibrações e o contato espiritual, afasta as energias negativas e promove fraternidade.
• Branco: Utilize-a para trazer pureza, sinceridade e verdade. Eleva as vibrações, equilibra a aura, facilitando o contato com as energias espirituais.
Zaar:
• Dança de exorcismo, que estabeleceu-se no Sudão em 1820. É uma dança de êxtase, praticada no norte da África e no Oriente Médio, não aceita pelo Islamismo. Ele é melhor descrito como sendo uma "cerimônia de cura", na qual utiliza-se percussão e dança. Seu ritmo é o Ayubi. Funciona também como uma forma de compartilhar conhecimento e solidariedade entre as mulheres destas culturas patriarcais.
No Zaar, a maior parte dos líderes e dos participantes são mulheres. Muitos estudiosos têm notado que, embora a maioria dos espíritos transmissores sejam masculinos, as "receptoras" geralmente são mulheres. Isto não significa que os homens não participem das cerimônias Zaar; ele podem ajudar na percussão, no sacrifício de animais, ou fazer as oferendas. De fato, em algumas culturas praticantes do Zaar, são observadas tendências em se inserir uma participação masculina maior, nas quais ele, mais do que cooperador, busca tornar-se o líder.
Atualmente ocorre uma proliferação de grupos de culto no Sudão, além de uma diversificação nos tipos de Zaar.
Quando esta dança é executada dentro de espetáculos de dança, ela não possui um objetivo ritualístico.
Fonte: Shaide Halim - Organização e adaptação do texto: Nanda Najla
terça-feira, 20 de maio de 2008
NOMES PARA BAILARINAS
A
Aaminah- Dama da paz e harmonia /Árabe
Aamaal- Esperanças, aspirações /Árabe
Aanisa - Coração piedoso/ Árabe
Aasiyah- Rainha de poderosa dinastia /Árabe
Aatira- Mulher de boa fragrância/ Árabe
Abda -Escrava /Árabe
Abia -Grande/ Árabe
Abir- Fragância/ Árabe
Abla -Perfeitamente formosa /Árabe
Adab- Esperança, necessidade/ Árabe
Adena- Nobre, enfeitada/ Grega
Adilah- Aquela que reparte justamente /Árabe
Adina -Variação de Adriana, nobre, ornamentada/ Grega
Afaf -Castidade /Árabe
Afrah -Felicidade, branco Árabe
Afsana Conto, história Persa
Ahd Promessa, conhecimento Árabe
Ahlam Espirituosa, imaginativa, aquela que tem sonhos agradáveis Árabe
Aida Visitante, regressando Árabe
Aini Minha preciosidade (Ain = olho ou algo precioso) Árabe
Aisha Vida, viva, ativa, energética, alegre, próspera / A líder e a mais jovem das esposas do Profeta Maomé Árabe
Alia Exaltada, a mais alta posição social Árabe
Alika A mais linda Africana
Amas Diamante Árabe
Amal Esperança, aspiração Árabe
Amani Desejos, aspirações Árabe
Âmar Lua Árabe
Amara Paraíso, eternamente bela Grega
Amatullah Mulher serva de Allah Árabe
Ameenah Confiável, honesta Árabe
Amina Mulher calma e harmoniosa, leal, sincera, fiel, confiável Árabe
Amira Princesa, governadora Árabe
Anaan Nuvens Árabe
Anadil Rouxinóis Árabe
Anbar Perfume Árabe
Andalee Rouxinol Árabe
Aneesh Companheira Árabe
Anisa Mulher de coração piedoso, de natureza boa; amiga, boa companhia Árabe
Anjum Estrelas Árabe
Annakiya Rosto doce Africana
Anthea Florida, cheia de flôres Grega
Anwar Raios de luz Árabe
Aquilah Inteligente Árabe
Ariba Espirituosa e astuta Árabe
Arij Perfume agradável Árabe
Arub Dedicada ao seu marido Árabe
Asalah Pureza Árabe
Ashaki Bela Africana
Ashia Esposa favorita de Mohamed Árabe
Asila A que faz parte de uma linhagem Árabe
Asiya Palácio, mansão de fortes alicerces; rainha de uma dinastia poderosa; aquela que cuida dos fracos e os cura Árabe
Asma Bonita, excelente, preciosa. Árabe
Atira De fragância agradável Árabe
Atiya Presente Árabe
Ayana Linda flor Africana
Ayeh Sinal, distinção Árabe
Aymelek Anjo lunar Turca
Ayperi Fada lunar Turca
Aysel Como a lua Turca
Azhar Flores Árabe
Azima Digna, grande, nobre, estimada, querida Árabe
Aziza Preciosa, rara, poderosa Árabe
B
Bahijah Alegre, feliz Árabe
Badi’a Admirável, única e sem precedentes Árabe
Badra Lua cheia Árabe
Badriya Parecida com a lua cheia Árabe
Bahijah Alegre, feliz Árabe
Bahirah Brilhante, esplêndida Árabe
Basheera Boas notícias Árabe
Basimah A sorridente Árabe
Basma Sorriso Árabe
Benazir Aquela que nunca foi vista Persa
Bilquees Rainha de Sheba Bíblica
Binnaz Encantadora Turca
C
Callista A mais bela Grega
Candace Fogo branco quente Grega
Carissa Amada, querida Grega
Charis Graciosa Grega
Chrystal Brilho, cintilante Grega
Coral A pedra preciosa, coral Grega
D
Daima Sempre Turca
Daima Sempre Turca
Dana Brilhante como dia Latim
Daphne Loureiro Grega
Daria Próspera, abastada Grega
Defne Loureiro Turca
Deka Aquela que agrada Africana
Delia Habitante de Delos Latim
Deniz Mar Turca
Dilber Bela, atraente Turca
Dilek Desejo Turca
Dilshad De coração alegre Persa
Dilshad De coração alegre Persa
Dincer Ligeira, cheia de vida Turca
Dione Versão de Diana Latim
Dolunay Lua cheia Turca
Duha De manhã Árabe
Dunya Mundo Árabe
Durrdana Pérola Persa
Durrishahwa Pérola real Árabe
Durriyyah Brilhante, esplêndida Árabe
E
Ebediyet Eternidade Turca
Ebru Imitação de mármore Turca
Edibe Escritora Turca
Electra Aquela que cintila Grega
Elmas Diamante Turca
Emel Ambição Turca
Emine Confiante Turca
Eris Não há significado Turca
Esma Mulher morena Turca
Esmer Mulher morena Turca
Eshe Vida Africana
F
Faaria Alta, bonita Árabe
Faghira Flor de jasmin Árabe
Farhannah contente, alegre Árabe
Fahima Inteligente Árabe
Farah Animada , divertida Árabe
Fareeda Única, singular, preciosa Árabe
Fatima Esposa de Ali Árabe
Fatin Fascinante, charmosa Árabe
Fikriyyah Meditativa Árabe
Filiz Botão de flor Turca
Fairuz Turquesa Árabe
G
Ghaydaa Jovem e delicada Persa
Ghazala Gazela, graciosa Persa
Gia Rainha, diminutivo de Regina Persa
Gulbadan Corpo rosa Turca
Gulbahar Rosa da primavera Persa
Gulbarg Pétala de rosa Turca
Guldali Galho de rosa Turca
Gulfiliz Proto de rosa Turca
Gulgzel Beleza rosa Turca
Gul-i rahna Formosa rosa Persa
Gulnar Flor de romã Árabe
Gulrang Rosa colorida Persa
Gulrukh Face rosada Persa
Gulseren Expansão de rosas Turca
Gulshan Jardim de rosas Persa
H
Habibah Querida, adorada Árabe
Hadiyah Presente, pessoa valiosa Árabe
Hafiza Memória, lembrança Turca
Hafsa Jovem leoa Árabe
Haleemah Dama da paciência e perseverança Árabe
Hana Paz mental, felicidade Árabe
Hanifah Verdade, justa Árabe
Hanife Dama Turca
Huraiva Gatinha Árabe
Harika Maravilhosa Turca
Huriye Donzela do paraíso Persa
Hasseenah Bela dama Africana
Hayal Sonho Turca
Hazine Tesouro Turca
Hilal Crescente Turca
Hlya Sonho diurno Turca
I
Ihshan Caridade Árabe
Inas Cortês Árabe
Inci Pérola Turca
Iona Jóia púrpura Grega
Ipek Seda Turca
Iris Flor de iris Turca
J
Jahan Mundo Persa
Jale Gota de orvalho Persa
Jalilah Com ânimo elevado, grandiosa Árabe
Jameelah Bela, elegante Árabe
Jannah Paraíso, celeste Árabe
Jessenia Flor Árabe
Jini Um gênio Africana
Johari Jóia Africana
Jumanah Pérola Árabe
Jwahir Mulher dourada Africana
Jawahir Pessoa querida Árabe
K
Kadife Veludo Turca
Kadriya Destino Turca
Kanwal Flôr da água Árabe
Kaela Pequeno nome para Kalila Árabe
Kahina Lider berber, princesa guerreira Africana
Kahire Cidade do Cairo Turca
Kala Castelo, fortaleza Árabe
Kardelen Flor Turca
Kartane Floco de neve Turca
Kayra Sem significado especial Turca
Khalida Imortal, sobrevivente Árabe
Khawala Dançarina Árabe
Kaamilah Completa, perfeita Árabe
Kamaria Como a lua Africana
Kamra Lua Árabe
Karima Dama generosa, Árabe
Kareemah De valor incalculável Árabe
Khadija Primeira esposa de Mohamed Árabe
Kirvi Madrinha Cigana
Kralice Rainha Turca
L
Lale Tulipa Turca
Larissa Divertida, animada, alegre Latim
Lateefah Gentil, de bom humor Africana
Layla Noite Árabe
Leda Mãe de Helena de Tróia Grega
Leylak Da flor do lilás Turca
Lina Frágil Árabe
Liynaa Delicada Árabe
Lubina Flexível Árabe
LuuLuu Jóia como pérola Árabe
M
Mahasin "Que maravilhosa" Árabe
Mahin Ligada com a lua Persa
Mahirimah Muito bonita Persa
Mahliqa Anjo Persa
Mahsati Dama da lua Persa
Mahasti "Você é a lua" Persa
Mahtab Luar Persa
Maia Filha de Atlas, mãe de Hermes Grega
Majidah Poderosa, nobre Árabe
Manolya Magnólia (árvore) Turca
Marjanna Coral Persa
Marjani Coral vermelho Africano
Maisha Vida Africano
Malaika Anjo Africano
Malkia Rainha Africano
Manishie Mulher, esposa Cigana
Manzuma Poema ou canção Árabe
Mariyah Mulher leal, honrada Árabe
Maryam Dama famosa Árabe
Maryum Mãe de Sayyidona Esaa Árabe
Mavis Loira Turca
Mehtap Enluarada Turca
Melanie Vem de "Melas", negra Grega
Melani Sem significado especial Turca
Melek Anjo Turca
Melik Como um anjo Turca
Melina Uma canção Grega
Melissa Uma abelha, de puro mel Grega
Meltem Brisa, vento leve Turca
Menekse Flor de violeta Turca
Mercan Coral Turca
Merhamet Misericordiosa, que tem compaixão Turca
Merla Um pássaro Francesa
Merle Um passarinho Francesa
Mersin Sem significado especial Turca
Meryem Forma de Maryam ou Miriam Turca
Mine Adornada Turca
Minnetar Agradável Turca
Minnet Como um agradecimento Turca
Melantha Flor escura Grega
Melita Mel de abelha, doçura Grega
Meral Gazela Turca
Mira Forte, poderosa Latim
Mirra Poderosa Latim
Mirella Sem significado especial Latim
Mirabella A convidada Latim
Moira Deusa do destino Grega
Moriae Sorte Grega
Molara Forma do basco para Maria Grega
Morgan Habitante do mar Grega
Moyna Gentil, frágil Celta
Muneerah Brilhante, algo que reflete luz Árabe
Musherrah Conselheira, orientadora Árabe
Mushtaree Planeta Júpiter Árabe
N
Naadirah Escolha rara, preciosa Árabe
Naia Corrente (de água) Grega
Naiad Maré alta Grega
Nalani Calmaria dos céus Havaiana
Nawaar Flor (da árvore) Árabe
Nabeelah Nobre Árabe
Nadhirrah Face clara, saudável e feliz Árabe
Nadima Amiga, companheira Árabe
Nadhiyah Linda, vívida Árabe
Nafeesah Refinada, pura Árabe
Nageena Pérola Árabe
Nahid Venus, deusa do amor Persa
Na'ilah Aquela que obtêm-se favores Árabe
Nagmah Melodia, canção Árabe
Na'imah Abençoada, santificada, alegre Árabe
Najah Segura, salvadora Árabe
Najibah Excelente Árabe
Naajidah Corajosa, resolve tarefas difíceis Árabe
Najiyyah Aficcionada amigávelmente Árabe
Najla "Tem maravilhosos olhos grandes" Árabe
Naranj Fruta cítrica, laranja Persa
Naja Sucesso Árabe
Najma Estrela Árabe
Najmah Estrela Árabe
Nara Feliz Celta
Nargis Flor do narciso Árabe
Narin Delicada Turca
Naseelah Fragancia de briza suave Árabe
Nasirah Ajudante, assistente Árabe
Nasreen Rosa branca, rosa jericó Árabe
Nayyirah Luminosa, brilhante Árabe
Nawal Presente, talentosa Árabe
Najlah Delicada, feminina Árabe
Nazli "Paparicada" embelezada Persa
Neelam Jóia azul, pedra preciosa Árabe
Nefer Vem de Nefertite Árabe
Nefes Respiração, fôlego Turca
Nefsi Maravilhosa Turca
Nefis Grandiosa, maravilhosa Turca
Nehan Dama feliz Turca
Neslihan Dama feliz Turca
Nehayat Fim Turca
Nelofar Flor de lotus Árabe
Nena Maternal Árabe
Nergis Flor do narciso Turca
Nerita Caracol do mar Grega
Nese Jóia Turca
Nyla Uma princesa do antigo Egito Árabe
Nilfer Lírio da água, lótus Turca
Nisaa Mulher que faz os homens esquecer Árabe
Nitzah Botão de flor Árabe
Nizah Botão de flor Árabe
Noelani Uma maravilha dos céus Havaiana
Nuha Prudente, de fala inteligente Árabe
Nura Flor Árabe
Nuray Luar Turca
Nureen Luz Árabe
Nurhan Mulher de brilho Turca
Nysa O objetivo, a distinção Turca
O
Odella Melodia, canção Grega
Odele Melodia, canção Grega
Ofra Lua Africana
Orial Ouro Francesa
P
Parijan Alma justa, espírito Persa
Parikhan Rainha das fadas Persa
Parvaneh Borboleta Persa
Parvane Traça noturna (bichinho de luz) Turco
Parvana Traça noturna (bichinho de luz) Turco
Parvin Constelação Persa
Penda Pertencida Africana
Perizad Nascida entre as fadas Persa
Phedre Aquela que brilha Grega
Phemia Voz, a palavra Grega
Phila Amor Grega
Philana Amante Grega
Pinar Fonte, primaveril Turca
Pisliskurja Querida Bósnia-cigana
Q
Qamar A lua Árabe
R
Rabie Deusa Turca
Rabiyah Jardim, primavera Árabe
Rafiqa Meu amor, meu bem Árabe
Rafiyyah Alta, elevada Árabe
Rahibe Religiosa, monja Turca
Rajaa Esperança Árabe
Rakhshanda Brilhante Árabe
Ranaa Ver, olhar Árabe
Ra'naa Amável, graciosa, delicada Árabe
Radhiya Agradável Árabe
Radhiyyah Satisfeita, contente Árabe
Ra'eesah Lider, princesa, nobre Árabe
Raheemah Aficcionada Árabe
Raihaanah Buquê de flores Árabe
Raissa Rosa Árabe
Raizel Rosa Árabe
Rayzel Rosa Árabe
Rajeeyah Cheia de esperança Árabe
Ramla Profeta, advinho, Africana
Rana Felicidade Africana
Rashida Inteligente Árabe
Rashieka Descendente da realeza Árabe
Rashiqa Da realeza Árabe
Raushanah Brilhante Árabe
Rawnie Fina dama Cigana
Rawiyah Narradora de histórias Árabe
Rayyah Aroma, fragância Árabe
Razi Meu segredo Árabe
Raziya Doçura, agradável Africana
Rehena Misericordiósa Africana
Reshmaan Seda das sedas Árabe
Rukshana Esposa de Suleiman Russa
Rya Sonho Turca
S
Saahirah Terra fértil, lua Árabe
Sahira Terra fértil, lua Árabe
Saar-rah Mulher que tráz jóias Árabe
Saba Tarde Africana
Sabba Vento do Leste Árabe
Sabbirah Paciente, permanente Árabe
Sabeehah Maravilhosa, namorada Árabe
Sabina Uma tribo antiga Latim
Savine Uma tribo antiga Latim
Savina Uma tribo antiga Latim
Sabreen Paciente Árabe
Sadiqah
Verdadeira, leal Árabe
Sadira Árvore de lotus Turca
Sadiya Sortuda, perfeita, boa fortuna Árabe
Sadya Sortuda, perfeita, boa fortuna Árabe
Sagheerah Pequena, magra, frágil Árabe
Sa'diyah Boa fortuna, felicidade, botão de flor Árabe
Safi Pura, cristalina Árabe
Sakinah Tranqüilidade, calmaria Árabe
Salihah Virtuosa Árabe
Salima Assegurada contra danos, protegida Árabe
Saleemah Sem defeitos, perfeita Árabe
Salena Frágil, leve, gentil Latim
Salina Agradável, suave Latim
Samaah Generosidade Árabe
Samara Semente de olmeiro Latim
Samia Nobre, eminente, sublime Árabe
Samina Menina saudável Árabe
Samira Uma das narradoras de histórias Árabe
Sameerah Contadora de histórias, entretenedora Árabe
Samiyah Elevada, entusiasmada Árabe
Sanobar Árvore do pinheiro Árabe
Sara Princesa, nobre Turca
Sauda Negra Árabe
Sefa Agradável, prazeirosa Turca
Seher Aurora Turca
Selma Sem significado especial Turca
Selvi Árvore de cipreste Turca
Serap Miragem Turca
Sevda Amor, paixão Turca
Sevgi Amor Turca
Sevgili Querida Turca
Sevinc Jóia, alegria, prazer, felicidade Turca
Seyyal Viajante Turca
Sezen Sentimento Turca
Shabanna Que pertence à noite, jovem dama Árabe
Shabibah Juvenil, moça, vigorosa de juventude Árabe
Shabnam Orvalho Árabe
Shadiyah Cantor, poeta Árabe
Shaheena Falcão Árabe
Shana Maravilhosa Ídiche
Shaina Maravilhosa Ídiche
Sheena Forma galesa para Jane Galêsa
Shariykah Companhia Árabe
Selena Lua, como Selena deusa da lua Galêsa
Shaia Jovem moça Romana
Shakarnaz Doçura Persa
Shakeelah Bela, bem formada, modelada Árabe
Shakira Graciosa, agradável Árabe
Shaakirah Agradável Árabe
Shakufa Momento que o botão da flor abre Persa
Shala De olhos verdes, flor de narciso Árabe
Shahlaa Olhos maravilhosos Árabe
Shamaamah Perfume Árabe
Shameela Qualidade, caráter jovem Árabe
Shameelah Um botão de flor Árabe
Shameena Fragrância, briza suave Árabe
Shamina Fragrância, briza suave Árabe
Shamoodah Diamante Árabe
Shamsa Sol Persa
Shani Maravilhosa, sensacional Africana
Sharifa Nobre, gentil, urbana Árabe
Shareefah Nobre, gentil, urbana Árabe
Shazadi Princesa Persa
Shey Menina adolescente Romana
Shebari Cigana jovem noiva Romana
Shirin Doçura, uma beldade legendária Persa
Shu'la Chama, brilho Árabe
Siddiqah Que mantém sua palavra Árabe
Sidra Religiosa Árabe
Songl Última rosa Turca
Soraya Estrela, constelação, princesa Persa
Suraya Estrela, constelação, princesa Persa
Surayyah Livre de preocupações, feliz Árabe
Souzan Fogo Persa
Suad Boa fortuna Árabe
Suhailah Tenda grande Árabe
Sura Sem significado especial Turca
T
Tabitha Uma gazella Grega
Tahmina Esposa de um famoso poema Persa
Tahira Pura, casta, púdica Árabe
Tahirah Pura, casta, púdica Árabe
Tahiyyah Aclamada Árabe
Tajah Coroa Árabe
Talibah Que procura conhecimento Árabe
Talya Sem significado especial Turca
Tamar Fruta Persa
Tamara Fruta Persa
Tamarah Fruta Persa
Tamra Fruta Persa
Tania A rainha das fadas Russa
Taslimah Pacificadora Árabe
Tayyibah Bom, doce, pura, casta Árabe
Tarana Melodia Persa
Thalia Botão de flor Grega
Thurrayya Estrela Árabe
Tuhfah Presente, dádiva Árabe
U
Uhuru Liberdade (Africana)
X
Xenia/Ximena - Hospitaleira para com o estrangeiro- Grega
Y
Yalanda Forma de Yolanda, flor de violeta Grega
Yaminah Mão direita Árabe
Yasmin Flor de jasmim Árabe
Yegane Incomparávelmente bela Persa
Yesim Jade Turca
Yildiz Estrela Turca
Yosefa Feminino de José Árabe
Yosifa Forma para o feminino de José Árabe
Z
Zahira Botão de flor de cor amável Árabe
Zaahirah Sublime Árabe
Zahra Flor Árabe
Zahrah Flor Árabe
Zaib Bela árvore que exala fragância Árabe
Zainab Filha de Rasoolulah Árabe
Zambak Papiro, rosa, lírio, tipo de flor Turca
Zaraa' Maravilhosa, a dama de Jannah Árabe
HISTÓRIA SOBRE A ORIGEM DA DANÇA
O nome correto dessa dança é Raks Sharki, que quer dizer dança oriental ou dança do oriente. Para a América, o nome danças oriental pode significar dança japonesa, chinesa, tailandesa, etc.
Por isso, nos EUA foi chamada de Belly Dance, e no Brasil, Dança do Ventre.Essa denominação deve-se aos movimentos, que são predominantes no ventre e quadril feminino. A dança do ventre é a mais feminina e sensual de todas as danças. A mulher, através da música árabe, une seus movimentos, sua expressão e sua sedução, transformando-os, no palco, em sentimentos, que compartilha com seu público.
A origem da Dança do Ventre remonta tempos muito antigos, sobre os quais existe muito pouca ou nenhuma documentação. Muitas histórias foram criadas na tentativa de ilustrar o seu surgimento, e por isto é necessário um cuidadoso trabalho de pesquisa e muito bom senso no momento de identificar se uma informação é falsa ou verdadeira.
Uma das explicações, mostra que a Dança do Ventre teria suas origens nos rituais religiosos do Antigo Egito, onde a dança era praticada como forma de homenagear as divindades femininas associadas à fertilidade. Mas hoje não existe qualquer ligação da dança com a religião e a bailarina é considerada uma artista.
A Dança do Ventre teria sido mais tarde incorporada às festas palacianas, e por fim conquistado também as classes mais inferiores. Outra versão atribui o seu surgimento aos rituais Sumérios, a mais antiga civilização reconhecida historicamente. Estes habitavam, junto com os semitas, a Mesopotâmia (região asiática delimitada pelos vales férteis dos rios Tigre e Eufrates, atual sul da Turquia, Síria e Iraque). Também há indícios históricos da existência de uma dança com características semelhantes à Dança do Ventre em países como Grécia, Turquia, Marrocos e norte da África.
Atualmente, no Egito, é comum haver apresentações de Dança do Ventre em cerimônias de casamento. Por vezes, os noivos desenham as suas mãos no ventre da dançarina. Isto seria uma referência ao relacionamento da dança aos cultos de fertilidade.
As mulheres do Mundo Árabe dançam umas para as outras, e para elas mesmas. Elas formam um grupo, uma por vez, levantam-se e desenvolvem a sua performance, para suas irmãs e amigas, sem a presença de homens. Celebram assim a espiritualidade e a força femininas, e transmitem beleza e liberdade por meio da sua expressão particular.
A dança expandiu-se pelo mundo inteiro com a ajuda dos viajantes, mercadores e povos nômades (como os ciganos e beduínos), juntamente com outras características da cultura Árabe, tais como a culinária, a literatura e a tapeçaria. Em sua expansão pelo mundo, ela sofreu ao longo dos tempos diversas influências, acumulando em cada região diferentes interpretações e significados. Atualmente, ela ainda se encontra em um contínuo processo de desenvolvimento, recebendo influências diversas, como por exemplo da Dança Contemporânea e do Flamenco. Independente das diversas influências, não é difícil identificar o seu estilo por meio de determinadas características.
Em cada região, a Dança do Ventre recebeu um nome: no Egito é chamada de Raqs El Sharq ou Raqs Sharqy, que significa "Dança do Oriente" ou "Dança do Leste"; na Grécia é chamada de Chiftitelli; na Turquia de Rakkase; na França de Dance du Ventre e no mundo ocidental é mais conhecida como Belly Dance ou Dança do Ventre.
A Dança do Ventre chegou definitivamente ao ocidente no século XIX, e é considerada uma das danças mais antigas da história da civilização. Atualmente existem inúmeras dançarinas de ótimo nível em praticamente todos os países do mundo, inclusive no Brasil.
Seu poder hipnótico é devido à mágica combinação de elementos religiosos e profunda sensualidade. Seus movimentos não são numerosos, mas permitem uma grande diversidade de variações. Apesar da variedade de estilos, uma característica permanece: os movimentos de quadril, alternadamente ondulatórios e vigorosos. Sua mensagem alegre e positiva vêm conquistando gerações, que buscam preservar e difundir as suas características: sensualidade, leveza, beleza, alegria, vitalidade e expressão.
Num show, além da Dança do Ventre tradicional, acompanhada ou não de véus e Snujs (pequenos címbalos metálicos que são tocados com os dedos), é comum serem apresentados números com elementos, como a Espada, o Punhal, o Candelabro (Raqs El Shammadan), a Bengala (Raqs El Assaya), o Jarro, o Lenço, as Flores e o Pandeiro.
As danças com a espada, o punhal e com o candelabro são inovações introduzidas recentemente. Tradicionalmente existem apenas as danças folclóricas da bengala, do jarro e do lenço. Algumas destas danças com elementos, tal como a dança da bengala, podem ser acompanhadas pelos homens, com movimentos masculinos.
Algumas dançarinas chegam a apresentar-se com serpentes, como forma de resgatar os misteriosos cultos ancestrais. A serpente é um complexo símbolo que representa os princípios masculino e feminino, e também a imortalidade (tal como na imagem arquetípica em que a serpente engole a própria cauda).
Os espectadores costumam demonstrar a sua admiração jogando notas e moedas sobre a dançarina e, por vezes, colocando o dinheiro em suas vestes. É interessante notar que não existe notícia de nenhuma outra dança com esta característica.
Tradicionalmente, a dançarina apresenta-se descalça. Porém, desde o surgimento dos grandes espetáculos de Dança do Ventre, sobretudo no Egito e no Líbano, as dançarinas apresentam-se usando sapatos de saltos altos, talvez como uma forma de demonstrar a ascenção social desta prática oriunda do povo. Muitas dançarinas ainda preferem dançar sem os sapatos, como forma de estabelecer um contato direto com a energia da Mãe Terra.
Apesar de ser uma dança folclórica, do povo, a Dança do Ventre tem envolvido desde o início do século XX grandes profissionais - dançarinos, coreógrafos, figurinistas, etc, passando a fazer parte de eventos cada vez mais sofisticados e luxuosos. Com isto, sua característica original (de prática não codificada e de improvisação) transformou-se num elaborado trabalho de produção, fruto de exaustivo treinamento e numerosos ensaios. Nos grandes festivais realizados no Egito, no Líbano e na Turquia, as mais famosas dançarinas apresentam-se acompanhadas de grandes orquestras.
A Dança do Ventre designa-se unicamente ao corpo feminino, enfatizando os músculos abdominais e os movimentos de quadris e tórax. Ela é praticada com os pés descalços firmados no solo, e caracteriza-se pelos movimentos suaves, fluidos, complexos e sensuais do tronco, alternados com movimentos de batida e tremido. As dançarinas orientais são consideradas diferentes, pois realizam uma "dança dos músculos", ao contrário das "danças de passos", praticadas no ocidente.
Tradicionalmente, o joelho da dançarina de Dança do Ventre nunca se eleva acima do quadril. Talvez pelo fato desta dança possuir movimentos de pulsação e ondulação do ventre, tenha sido batizada de "Dança do Ventre", embora ela possua diversos outros movimentos.Há autores que associam os movimentos rápidos da dança à demonstração da alegria de viver, enquanto que os movimentos lentos estariam associados às danças religiosas nas quais se buscava imitar os movimentos do trabalho de parto e do parto em si, como expressão de agradecimento às mulheres, enquanto agentes da perpetuação da espécie humana.
HORÓSCOPO ÁRABE
O horóscopo árabe é um dos mais vistosos de toda a astrologia. Isso porque, os signos não são representados por planetas ou animais, mas sim por armas.
Para identificá-lo é bem simples, basta relacionar a arma com o seu horóscopo convencional
Ex.: se você é do signo de Áries, sua arma é a punhal
Faca - Símbolo do signo de Virgem. Para os árabes, você é uma pessoa muito tímida. Muito desconfiado e um pouco arredio, faz tudo o que pode para se proteger. Isso se deve ao fato de ter levado bons tombos pelo seu caminho. Também é alvo fácil para aqueles que gostam de abusar do complexo de inferioridade dos outros. Isso porque apesar de estar ciente de todo o seu potencial, você se dá pouco valor perante os outros.
Tem uma ótima habilidade com trabalhos que exigem precisão e habilidade manual.
Punhal - Símbolo do signo de Áries. Entusiasmado e apaixonado pela vida. Você vive o presente e age sempre com impulso e espontaneidade. O que é preciso rever, pois acaba muitas vezes sendo impulsivo em demasia. As pessoas gostam de você pelo seu dinamismo, com você, não existem falsos sorrisos ou hipocrisia. Como complicar a vida não é de seu feitio, acaba sempre tendo novas amizades.
Profissões autônomas lhe caem bem.
Cutelo - Símbolo do signo de Câncer. Super sensível e muito emotivo. Você ainda conserva as reações e sensações que teve nos primeiros anos de vida. Muito apegado com a família, acaba sempre falando muito das suas experiência da infância. O que não é muito bom, pois se teve alguma lembrança na sua infância que não lhe agradou, esta vai atormentá-lo por muito tempo. Acima de tudo você precisa manter a vida regular e muito sono.
Punhal Árabe - Símbolo do signo de Escorpião. Misterioso... Despreza o que aparente é fácil de ter. Vive pelo complicado. Tudo o que resulta em desafio, é o que ele quer seguir. Infelizmente, em contrapartida, está sempre cheio de questionamentos, isso faz com que você acabe por destruir relacionamentos, até os mais seguros.
Prefere deixar de ter, a ter algo que não lhe proporcione emoção.
Maça de Ferro - Símbolo do signo de Gêmeos. Pessoa sociável gosta de conversar, discutir e de mudar. Você consegue colocar com facilidade o seu sentimento para os outros. Mas, tem que tomar cuidado para que isso não vire uma rotina, afinal, ninguém gosta de só ouvir reclamações.
Também dotado de uma boa capacidade de persuasão, acaba convencendo as pessoas até mesmo sobre o que não sabe direito.
Você pode utilizar seus dons para as profissões de âmbito intelectual.
Clava Rústica - Símbolo do signo de Touro. Teimoso, custa a aceitar as coisas ou mudar de idéia. Chegando até o ser lento em determinadas circunstâncias. O que conta para você é a segurança, o conforto e o dinheiro também, pois não consegue ser indiferente aos bens materiais. Sensual e possessivo em todos os aspectos, dificilmente deixa o que conseguiu de lado.
O seu dinamismo possibilita que exerça as mais diversas profissões.
Machado - Símbolo do signo de Peixes. Emotivo e vulnerável, mas também flexível. Ajusta-se às situações conforme a necessidade. Vive no ritmo das emoções que vão acontecendo ao seu redor. Sua capacidade de adaptação leva a conseguir os seus objetivos.
Profissões ligadas a artes são as mais indicadas, uma vez que o assunto lhe atrai muito.
Corrente - Símbolo do signo de Libra. Justo ao extremo, você é uma pessoa que está sempre disposta a ajudar o próximo, ainda mais se perceber que ele está sendo enganado. Seu pior defeito é a sua hesitação, quando para e espera a ajuda de alguém para decidir algo, já perde grande parte de sua coragem.
Se dará bem em profissões que precise de reuniões para decidir as coisas. Mas, lembre-se, em determinados momentos da vida, só você poderá decidir.
Espada - Símbolo do signo de Leão. Líder incondicional, aquele que sabe sempre onde pisa. Se sente bem quando está com os “menores”, a possibilidade de defendê-los lhe faz sentir muito bem. Porém, acaba se tornando extremamente desagradável com a sua “necessidade” de aparecer. Aviso, cuidado para não trocar suas amizades pela simples necessidade de aparecer.
Funda - Símbolo do signo de Aquário. Extremamente comunicativo você veio para o mundo para “conversar”. Porém, é uma pessoa muito idealista, ao extremo para ser exato. Não suporta pressões, seja lá qual for a origem. É criativo, eficaz e corajoso. Se a ocasião lhe anima, fica super enérgico e transforma a tarefa em algo divertido. Embora, prefira abdicar de uma tarefa a se aborrecer com ela.
Lança - Símbolo do signo de Capricórnio. Sempre em busca de sua autenticidade, está sempre se aperfeiçoando nas áreas que lhe interessam. Sua grande motivação é descobrir o que está de errado nas coisas. Muitas vezes sendo anti-social, acaba se isolando um pouco devido ao medo de não agradar. Com isso, acaba também escondendo sua sensibilidade sob uma aparência de indiferente e, com isso sofre, pois muitas vezes acaba vendo a pessoa amada ir embora.
Arco - Símbolo do signo de Sagitário. Você precisa de contatos, manter contatos... Quando isso não acontece, você fica chateado, amuado e sente-se a pior pessoa do mundo. Caloroso, acolhedor, mas, sempre com o seu lado independente. Embora, sempre se mostre seguro perante os outros, não gosta de ser zombado, nem que desconfiem de suas estórias, por mais mirabolantes que pareçam. Dica, nem todos são obrigados a acreditar no que você conta, cuidado para não perder amigos simplesmente por querer que eles acreditem em tudo.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
RITMOS PARA ESTUDO
Dados auxiliares ao estudo rítmico na Tabla Árabe
Interpretação rítmica ( Ritmos para estudo )
Super pacote de ritmos árabes em extensão MIDI.
88 ritmos e variações !
Contêm "todos" os ritmos abordados neste site !!
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Informação importante: Os arquivos em extensão MIDI bem como as anotações rítmicas, não devem ser usados exclusivamente como única fonte de auxílio aos nossos estudos.
O metrônomo na percussão libanesa
Depois do tambor, o metrônomo é o principal instrumento de trabalho de um percussionista (aliás, para todo músico ). Para que serve o metrônomo? O metrônomo é um aparelho que auxilia o músico em seus estudos e trabalhos, principalmente os que trabalham com percussão. Trata-se de um instrumento pendular (no caso dos metrônomos mecânicos ) que marca a marcha do rítmico com batidas constantes. Essas batidas são denominadas pela abreviação bpm, ou seja, batidas por minuto. É ótimo para que o percussionista, tanto avançado quanto iniciante, possa desenvolver suas técnicas sem contudo correr o risco de ferir os espaços entre as frases. Na percussão libanesa podemos utilizar o metrônomo para as seguintes finalidades:
a - Estudar os ritmos e seus devidos compassos
b- Desenvolver técnicas
c- Criar combinações rítmicas
d- Treinar velocidade
Infelizmente, o metrônomo não poderá lhe ajudar quanto à interpretação rítmica. Para tanto, será necessário ouvirmos cada ritmo para entendermos sua essência interpretativa.
Os melhores metrônomos são os digitas, pois apresentam melhor precisão na marcação e contagem do tempo rítmico. Os metrônomos mecânicos, justamente por estarem vinculados ao funcionamento de engrenagem, podem apresentar pequenas falhas. Não aconselho a utilização de metrônomos para ambiente Windows, que são postos gratuitamente para download na internet. Esses programas ,geralmente, apresentam inúmeras distorções e não são cem por cento confiáveis.
Um bom metrônomo digital, consegue marcar com precisão uma ampla escala de andamento, podendo variar, a título de exemplo, de 30 bpm ( Largo ) a 230 bpm (Prestíssimo ).
Os andamentos ( bpm ) marcados pelo metrônomo, são escalonados da seguinte maneira:
De 30 bpm a 60 bpm: Largo - Andamento pausado.
De 60 bpm a 66 bpm: Largueto - Andamento menos vagaroso que o Largo.
De 66 bpm a 76 bpm: Adágio - Situa-se entre o Largo e o Andante.
De 76 bpm a 108 bpm: Andante ou Andantino - Andamento moderado.
De 108 bpm a 120 bpm: Moderato - Andamento entre o Andantino e o Alegreto.
De 120 bpm a 168 bpm: Alegro ou Alegreto - Em andamento animado.
De 168 bpm a 200 bpm: Presto - Andamento com presteza, rapidez.
De 200 bpm a 230 bpm: Prestíssimo - Andamento que se desenvolve com grande presteza, rapidez.
A marcha de um solo para derbakke, geralmente possui andamento Alegro.
Os compassos rítmicos marcados por um metrônomo, a título de nosso exemplo, variam da seguinte forma: -/4, 1/4, 2/4, 3/4, 4/4, 3/8 e 6/8. São, portanto, as unidades métricas de tempos que deverão se desenvolver de acordo com andamento ( bpm ) a que forem submetidas.
Há também os valores das batidas (notas) a serem especificados. Seus devidos valores são representados por notas de uma pauta musical. As notas podem representar uma, duas, três, meia batida etc..
Considerações sobre notações rítmicas
Qual a importância da notação rítmica nos estudos de percussão? Bem, sabemos que no mundo árabe existem cerca de trezentos ou mais tipos de ritmos, incluindo também suas respectivas variações. É praticamente impossível decorar todos esses ritmos. Dessa forma, as notações servem de lembretes caso ocorra um certo "branco" de memória .
Nunca devem ser utilizadas como base nos estudos de percussão ( entendimento de todos os mestres de percussão ). O ideal é ouvir o ritmo e perceber a forma correta de como ele deve soar. As notações rítmicas podem gerar um certo erro de interpretação, pois, geralmente, é muito raro estarem em perfeita consonância com a execução real do ritmo.
Todo ritmo possui o que chamamos nuanças (grau de força ou de doçura que convêm darmos aos sons), e isso, por mais perfeccionistas que possamos ser em nossas anotações, não iremos conseguir representá-lo com perfeita exatidão.
Os Ritmos Libaneses e suas especificações
O Ayubb/Zaar
Ritmo de estrutura bastante simplória utilizada "geralmente" como ritmo introdutório ao solo de Tabla Árabe. Algumas curiosidades envolvem tal ritmo como por exemplo a fonte em que fora inspirado.
Acredita-se que o Ayubb é a representação percussiva do movimento do camelo ou do dromedário. É dessa forma que é popularmente conhecido como "Ritmo do Camelo".
Ayubb 2/4
DUM tákáDUM Tá...
DUM káDUM Tá...
O Baladi
De todos os ritmos o Baladi é sem dúvida o mais comum e o mais conhecido dos ritmos árabes. Trata-se da versão lenta do Maqsoum apresentando caracteristicamente dois DUMS em sua inicial. Existem muitas variações do Baladi.
Baladi 4/4
DUM DUM tákáTá DUM tákáTá táká....
Baladi (Clássica Egipcia) 4/4
DUM DUM ká KÁ DUM ká KÁ táká.....
Observe que na execução clássica egipcia, existem dois toques com a mão esquerda (...ká KÁ...) porém é importante ressaltar que a mão direita não ficará inerte. Precionando suavemente com o dedo indicador da mão direita o centro da membrana que o ao bater com a mão esquerda na extremidade da Tabla Árabe, o som será produzido.
É possível se executar essas duas variações do Baladi em um mesma música ou solo? Sim, mesclar essas variações é uma prática muito comum de se fazer. Quando devo fazer essa mesclagem ? Não existe critério para isto, cabendo ao percussionista analizar rapidamente qual variação é a mais adequada e bonita para ser usada naquele exato momento da música ou do solo efetuado.
O Karatchi
Curiosamente o Karatchi é um ritmo que de início já nos mostra sua característica marcante. Inicia-se com um "Tá"(batida aguda) e não com um "DUM" (batida grave) como os demais ritmos até então abordados. Sua execução resume-se em uma sequência de 5 batidas usando alternativamente as mãos e finalizando na 6º batida com o "DUM"
Karatchi
TákátákáTá DUM......
O Saaid
O Saaidi, derivado da essência do Maqsoun, é reconhecidamente bastante similar ao Baladi e amplamente utilizado como ritmo base na execução de determinadas danças folclóricas árabes como a Dança da Bengala e a Dança do Bastão. De sua versão simplificada, é possível se extrair inúmeras variações.
Saaidi (4/4)
DUM Tá tákáDUM DUM tákáTá táká...
DUM Tá tákáDUMDUMDUM tákáTá táká...(3 DUMs)
DUMkáTákátákáDUMkáDUMkátákáTákátáká...(alternada)
O Ciftetelli
Existem muitas controvérsias à respeito da devida origem desse ritmo. Alguns acreditam que seja originário da Turquia principalmente pela etmologia da expressão. Outros porém acreditam que o Ciftetelli advém da antiga Grécia. De fato, estas contradições são perfeitamente normais, uma vez que ritmos grego e turco muito se confundem através do tempo.
Trata-se portanto de um ritmo bastante complexo, deixando o percussionista livre para apresentar inúmeras variações.
É usado primordialmente no âmbito da música árabe para acompanhar solos instrumentais de Tacksim (improvisação) de instrumentos como o Alaúde, o Kanoun, o Violino etc.. .
Ciftetelli 8/4
DUM tákátá tá tákáDUM tá ká DUM DUM tá
DUM káKÁ DUMKÁ DUM DUM ká
DUM kákátákátá kákátákátá ká DUM DUM TÁ ( Estilo Fuad Haidamus)
O Bolero e a Rhumba
Devido a grande semelhança que há entre esses dois ritmos, trataremos de ambos em um mesmo tópico.
A Rhumba é caracteristicamente executada de forma mais rápida que o Bolero, pois sua variação base apresenta exatos nove toques divididos em intervalos curtos, enquanto que a do Bolero, apresenta doze toque em intervalos mais longos, como podemos observar:
Bolero 4/4
Dum kákáTá kákáTákáTákáDum Ká
Rumba/Rhumba 2/4
Dum tákátá Ká Tá Ká Dum ká
O Zaffa
Semelhantemente a uma marcha, o Zaffa é um ritmo batante executado nos países do norte africano (Saara) principalmente no Egito. Caracteristamente sua forma simples, da a possibilidade de se extrair inúmeras variações É importante ressaltar que ao final de cada período executado, deve-se fazer uma pequena pausa, observe:
Zaffa 8/4
DUM tákátá tá DUM tá tá (pausa)
Essa pausa é uma caracteristica marcante em tal ritmo não podendo portando ser suprida. Existe a possibilidade de se unir dois perídos, adicionando ao intervalo uma batida "tá", porém no final, a pausa é imprecindível. Veja o exemplo:
DUM tákátá tá DUM tá tá tá DUM tákátá tá DUM tá tá (pausa)
O Karsilama
Ritmo bastante conhecido na Turquia e Grécia . É utilizado no acompanhamento de músicas de natureza folclóricas. Sua característica marcante se acentua pelas três batidas fortes (T – T – T), no final de cada sequência. Observe:
Karsilama (compasso 9/8 )
DUM tákáTá tákáDUM TáTáTá
O Saudi/ Khaleegy
O ritmo Saudita também é conhecido pelo nome de Khaleegy, recebendo essas duas denominações na Região Geográfica do Gôlfo Pérsico, fronteira com o Reino na Árabia Saudita. Trata-se de um ritmo bastante simples, apresentando 2 DUMs na sua forma estrutural. Deste ritmo nascera folcloricamente a Dança do Khaleegy ou Dança do Golfo.
Saudi/ Khaleegy (compasso 2/4)
DUMkákáDUMkákáTáká... (Sequência sem intervalos)
DUMkákáDUMkákáTÁká... (Inserção da batida "TÁ")
DUM Ká DUM kátáká..( Representação com intervalos curtos).
O Nawwari
Pode-se dizer que o Nawwari é um ritmo Sírio-Libanes, uma vez que é bastante conhecido e utilizado em danças nos paises da Síria e Líbano.
Nawwari ( compasso 4/4 )
KáDUM kákáTá DUM kákáTá káTá....
O Basiit, o Btayhi e o Quddam.
O Bassiit apresenta em sua forma estrutural grande similaridade com o ritmo Bolero e / ou o ritmo Rhumba. Observe:
Basiit 6/4
DUM ká DUM tákáTá ká tá ká DUM ká tá ká.....
Observemos agora o ritmo Btayhi, cuja estrutura apresenta quase que uma constante de toque alternativamente iguais:
Btayhi 8/4
Tá ká Tá ká DUM tákáTá ká tá ká DUM ká Tá ká DUM ká......
O Cocek / Serto
Na antiga Macedônia, hoje região onde geograficamente se localiza o pais da Romênia, "Cocek" é a sua denominação. Já na Grécia, é conhecido pela denominação de "Serto" onde é usado em danças folclóricas.
Cocek / Serto ( compasso 4/4 )
DUM tátá táTáka....
O Jark
O Jark ou Jerk, é um ritmo que apresenta uma estrutura bastante similar ao Samba brasileiro.
Jark (Compasso 4/4 )
DUM Tá DUMDUM Tá...... (variação simples)
DUM kákáTá tákáDUMDUMtákátá táká.......
O Sombati
Famoso Ritmo também extraído da essência do Maqsoum. Curiosamente vemos o Sombati ser executado por grandes orquestras ocidentais, em composições relacionadas ao mundo árabe.
Podemos citar como um bom exemplo o tema do filme Lawrence da Arábia, onde se observa nitidamente o Sombati usado como ritmo base. Outra curiosidade interessante é esse ritmo representar o trote de um cavalo em ritmo de marcha.
Nas canções típicas árabes, é utilizado também no acompanhamento de Tacksim ( improvisação) intrumental ou vocal.
Sombati (compasso 4/4)
DUM Tá Tá DUM Tá......( simples )
DUM káTákáTá DUM kákáTá táká......(alternada)
SOLO DE TABLA ÁRABE ( O TACKSIM )
Considerações Iniciais
Destinado em sua totalidade para execução das danças árabes, o solo de Tabla Árabe possui alto grau de importância dentro da esfera do Middle Easter (Oriente Médio). Veremos que existem solos específicos para ocasiões específicas. Obviamente, é praticamente impossível falarmos de percussão árabe sem fazermos alusão à Dança do Ventre. Percussão e Dança do Ventre estão intrinsecamente ligados, e é por isso que comumente vemos bailarinas que também são derbakkistas.
Em verdade toda bailarina é intuitivamente uma percussionista, justamente tanto pelos Snujs, amplamente tocado nas danças, quanto pela necessidade de se familiarizar com os ritmos árabes para bem executar a arte da dança .
Feita essas considerações, façamos agora uma pergunta: O que uma Bailarina de Dança do Ventre espera de um solo de Derbakke ? Obviamente que seja riquíssimo em ritmos e variações para que ela possa mostrar seus conhecimentos na arte da Dança. Dessa maneira, o percussionista tem a responsabilidade de fornecer subsídios à bailarina para que esta assim possa se apresentar . É por isso que corretamente vemos expressões pontificando a necessidade de uma perfeita sintonia harmoniosa entre percussionista e bailarina. O problema é como e de que forma fornecer tais subsídios.
Existem algumas regras básicas que um percussionista deve ter em mente para apresentar um belo solo de Derbakke.
Primeiramente deve-se evitar abusos em enfeites que devem sempre ser realizados em momento oportuno. Isso vale tanto para um solo de derbakke, como para um acompanhamento musical.
Deve-se prestar atenção no compasso inicial de seu solo. É muito comum observar percussionistas que iniciam um determinado solo e gradativamente vão aumentando a velocidade inicial. Geralmente tal erro acontece com quem abusa nos enfeites.
Tocar de forma muito acelerada também é um erro bastante comum e grave. Criou-se erroniamente um certo dilema que todo bom percussionista árabe é aquele que toca com extrema rapidez. Na realidade, o bom percussionista árabe é aquele que toca conscientemente, sentindo a sua percussão e passando nela sua emoção que será transmitida de imediato à Bailarina que estiver se apresentando sob tal solo.
Tipos de Solos
Todo solo de Tabla Árabe é fruto de uma improvisação criada exclusivamente pelo percussionista. É o que chamamos de Taksim Tabla, ou seja, uma improvisação "melódica" feita através das batidas rítmicas da Tabla Árabe.
Existem duas maneiras de se apresentar um solo de Taksim: O Taksim sobre ritmos e o Taksim solo
O Taksim sobre ritmos árabes é a improvisação realizada tendo como base um determinado ritmo ou vários ritmos, feito por um segundo instrumento ( Tabla, Riqq, Dohollah, Mazhar, etc ). Curiosamente, esse tipo de solo limita os movimentos da Bailarina ao ritmo base. É por isso que essas composições devem apresentar uma pluralidade rítmica sob pena de se transformar em algo monótono, com improvisações repetidas e cansativas .
O Taksim sobre ritmos é utilizado tanto nas apresentações de uma Bailarina quanto num grupo, durante apresentação coreografada. Neste caso, deve-se diminuir tal pluralidade rítmica, para não se potencializar grandes complexidades.
Já o Taksim solo ou improvisação solo é aquela realizada somente pelo percussionista não tendo como base nenhum ritmo. Impera grande complexidade onde percussionista e bailarina devem estar em perfeita sintonia. Inúmeros ritmos e variações são apresentados em um curto espaço de tempo, mesclados por vários enfeites improvisados.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Para a dança clássica, utiliza-se músicas, na maioria das vezes compostas para a bailarina. Pode ser dividida mais ou menos assim:
Entrada em Cena > Desenvolvimento da Música (com altos e baixos e ritmos diversos) > Grande Final (a bailarina deve deixar o palco dançando)
Neste estilo de dança, é comum utilizar muitos passos do ballet clássico como o arabeske, giros, chassê, etc.
A parte superior do corpo é mais enfatizada do que a de baixo.
Para a entrada, a utilização de véus é muito bem-vinda.
Este estilo de música foi imortalizada por Om Kalsoum, cantora libanesa que cantava com profunda emoção. Suas músicas chegavam a durar uma hora e suas apresentações eram motivo de feriado para os árabes.
Dança dos Sete Véus:
Uma das danças mais fortes e enigmáticas. É uma dança sagrada onde cada véu corresponde a um grau de iniciação.
A sacerdotisa oferecia a dança para a deusa Ísis, que dentro dela existe, e lhe dá beleza e força.
Os sete véus representam os sete chackras do corpo, sete cores, sete planetas, sete defeitos, sete maravilhas e os sete pecados capitais.
Os véus podem ser das seguintes cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, lilás e branco. A vestimenta da dança do ventre, embaixo dos sete véus, é preferencialmente de cor clara, suave. A dança tem variações, como a dança dos nove véus.
Dança do Candelabro (Raks El Shemadan):
Simboliza o equilíbrio entre o céu e a terra. Sob o ritmo Malfuf, esta dança tradicional é apresentada, geralmente, em festas e casamentos, representando o renascimento e o caminho de luz que o jovem casal irá trilhar, com prosperidade.
A bailarina precede a comitiva de convidados acompanhada por músicos e cantores. Em sua cabeça, equilibra um candelabro com doze velas acesas.
Dança do Jarro:
No Egito, a dança do jarro é originária dos rituais de nascimentos. A bailarina colocava um jarro d´água na cabeça e fazia movimentos artíticos.
A dança do jarro também simboliza as mulheres que saem de suas tendas e vão buscar água no Rio Nilo.
Khaleege ou Soudi:
Esta dança mostra toda a graça ds mulheres do Golfo Pérsico e dos Emirados Árabes. É a dança típica de festas e reuniões familiares.
Durante a dança, as mulheres "exibem" sues cabelos (que são motivo de orgulho) jogando-os de um lado par ao outro e executando desolcamentos graciosos e bem marcados. Os vestidos de khaleege são levemente transparentes e ricamente bordados.
Dança do Lenço Enrolado (Milaya A'Laff):
Sensual e satírica, esta dança é executada pelas mulheres baladi dos subúrbios do Cairo.
Com a borrka (chador tricotado reto, que deixa visível todo o rosto da bailarina, bem diferente dos chadores tradicionais, que escondemtotalmente o rosto), o Milaya A'Laff traz um clima de grande sensualidade, ousadia, descontração e até mesmo exagero.
É comum, nesta dança, vermos a bailarina emitindo várias vezes a zagareeta, tradicional grito de exaltação, mascando "chicletes" e falando em árabe. O ritmo geralmente é o Malfuf.
Dança das Taças:
Taças e velas, simbolizam a espiritualidade e festividade, como o casamento e a maternidade. A dança das taças está voltada para a própria bailarina, pois exalta seu corpo, despertando toda a feminilidade de si mesma.
A bailarina traz em suas mãos duas taças, onde se encontram as velas acesas.
Zhar:
Tradicional dança ritualística de países como o Sudão, a Líbia e sobretudo o Egito, é geralmente executada sob o ritmo Ayubi, que lembra a marcha de cavalos. Além disso, para alguns estudiosos, o Zhar é executado com o intuito de limpeza espiritual e expulsão dos espíritos malígnos.
Ele também tem sua cabeça energizada e benzida por um rapaz que usa incesário e dança ao seu lado.
Baladi:
Dança homônima ao ritmo, é típica dos migrantes camponeses que vivem em grandes centros, como Alexandria e Cairo. Rica em sensualidade, força, improvisações e em marcações que variam a aceleração, permitindo o Taksim.
A dança baladi é presença certa em qualquer show e/ou apresentação de dança do ventre. É ágil, marcada, vibrante e, muitas vezes, alterna momentos de aceleração diferenciada.
Solo de Derbake:
A origem desta modalidade vem desde o tempo dos rituais, pois eram acompanhados pela batids fortes da percussão, em que a sacerdotisa acompanhava as mesmas com precisão, exaltando as forças da terra.
O Derbake, principal instrumento de percusão, estabelece um diálogo com o corpo da bailarina, que interpreta cada som e cada ritmo que soa com os seus quadris, seguindo a dinâmica da música.
Dança da Bengala (Raks Al Assaya):
Do Alto Egito (sul), a popular e graciosa dança da bengala é, em geral, executada no ritmo Said.
Mostra toda a força, habilidade, equilíbrio e destreza da bailarina num estilo folclórico que é considerado uma espécie de sátira à dança masculina, denominada Tahbit.
Dança do Pandeiro:
Graciosa dança e provável origem cigana-egípcia, a dança do pandeiro é bastante alegre, executada em ritmos ágeis, como o Falahi, por exemplo. É uma dança que exige suavidade e boa percepção musical da bailarina, quando das intervenções do instrumento durante as apresentações.
Snujs:
No Egito Antigo, as bailarinas costumavam estalar os dedos para acompanhar o ritmo da música.
Este costume evoluiu com a utilização de pequenos instrumentos metálicos chamados snujs. Esta dança é bem alegre e mostra a habilidade da bailarina dançando e tocando um instrumento.
Dança do Punhal:
Reverencia a deusa Selkis, a Rainha dos Escorpiões. O simbolismo representa a morte, o sexo e a transformação.
Esta dança é cheia de mistério e suspense. Esta dança é de origem turca, e a bailarina causa muito suspense ao passar punhal bem próxima do público.
Um breve histórico sobre início da Dança do Ventre
"Observe que não existe nenhuma comprovação sobre sua origem, mas algumas especulações que foram feitas ao longo dos anos por estudiosos da cultura dos países orientais."
A forma de dança chamada em árabe de "Raqs Sharki" (dança do oriente) existe provavelmente há milhares de anos. Há muitas teorias sobre suas origens,uma das quais a,que tem suas raízes na India e que de lá foi difundida pelos ciganos que a divulgaram no Ocidente. Outros dizem que ela nasceu no Antigo Egito, e querem traçar no passado sua origem de acordo com antigas danças rituais da Idade da Pedra, nas religiões que cultivavam a grande Deusa. Também acredita-se que a dança existiu como forma de arte nas cortes tanto sob o Império Romano quanto mais tarde no Império Otomano (Turquia). Durante esta época, imagina-se que a dança possa ter se espalhado por todo o mundo árabe.Infelizmente não há documentos suficientes que comprovem a dança até o século XX e a documentação existente é difícil de interpretar, pois dança é uma arte visual e o que se tem é a visão subjetiva do expectador que a assiste. De qualquer forma, uma pequena estatueta do século II d.C. mostra uma dançarina em pose típica de dança oriental, tocando instrumentos antecessores dos "snujs" que a bailarina toca hoje em dia.A dança é uma parte integrada na música árabe. É difícil acreditar que uma dança que interpreta em tão alto grau cada nuance da musica possa ter mudado tanto, quando você sabe que a música tem fortes raízes que voltam ao passado da cultura árabe. Ambas, música e dança são parte do dia a dia no mundo árabe; pessoas se encontram, tocam e dançam como parte do cotidiano. A dança e a música tradicional são também elementos importantíssimos em ocasiões especiais como casamentos, por exemplo. A execução da dança e a música tem sido preservadas em alto grau por tribos especiais ou "famílias" extensas que tradicionalmente trabalham com entretenimento como por exemplo a "Ouled Nail" na Algeria e a "Ghawazee" no Egito. Elas tem preservado a dança e a música em sua forma original, apesar de termos que contar com uma certa quantidade de mudanças durante tantos séculos. Considerações sobre suas apresentações podem ser encontradas em alguma literatura "Orientalista"do século XIX.A Dança vem para o Ocidente:Durante o século XIX, o Oriente estava na moda. Muitos viajavam para os exóticos países e ficavam fascinados pela diversidade cultural encontrada lá. Autores e pintores descreveram seus encontros com bailarinas, que usavam seu corpo de forma a chocar os expectadores ocidentais, educados na era vitoriana. A dança foi vista na Europa pela primeira vez na Mostra Mundial de Paris em 1889; foram trazidos diversos artistas de rua algerianos para se apresentar dentro da mostra. No meio deles havia alguns dançarinos, não como os de hoje, que estavam apropriadamente vestidos com costumes tópicos. Este espetáculo interessou ao "American Sol Bloom", que levou-os em outro ano para a Exibição Mundial de Chicado em 1893. Uma dessas dançarinas que veio, ficou na América e mais tarde tornou-se a conhecida dançarina "Little Egypt". O termo em francês "danse du ventre", foi traduzido para dança do ventre, nome pelo qual hoje a dança é conhecida. A dança logo se tornou "burlesca" e ganhou má reputação; até hoje as amantes dessa arte lutam para retirar esse rótulo e colocá-la numa posição privilegiada ao lado de outras formas de arte.
fonte: http://lulusabongi.com/more.php?id=14_0_1_0_C