Estilos de Dança do Ventre
Para a dança clássica, utiliza-se músicas, na maioria das vezes compostas para a bailarina. Pode ser dividida mais ou menos assim:
Entrada em Cena > Desenvolvimento da Música (com altos e baixos e ritmos diversos) > Grande Final (a bailarina deve deixar o palco dançando)
Neste estilo de dança, é comum utilizar muitos passos do ballet clássico como o arabeske, giros, chassê, etc.
A parte superior do corpo é mais enfatizada do que a de baixo.
Para a entrada, a utilização de véus é muito bem-vinda.
Este estilo de música foi imortalizada por Om Kalsoum, cantora libanesa que cantava com profunda emoção. Suas músicas chegavam a durar uma hora e suas apresentações eram motivo de feriado para os árabes.
Dança dos Sete Véus:
Uma das danças mais fortes e enigmáticas. É uma dança sagrada onde cada véu corresponde a um grau de iniciação.
A sacerdotisa oferecia a dança para a deusa Ísis, que dentro dela existe, e lhe dá beleza e força.
Os sete véus representam os sete chackras do corpo, sete cores, sete planetas, sete defeitos, sete maravilhas e os sete pecados capitais.
Os véus podem ser das seguintes cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, lilás e branco. A vestimenta da dança do ventre, embaixo dos sete véus, é preferencialmente de cor clara, suave. A dança tem variações, como a dança dos nove véus.
Dança do Candelabro (Raks El Shemadan):
Simboliza o equilíbrio entre o céu e a terra. Sob o ritmo Malfuf, esta dança tradicional é apresentada, geralmente, em festas e casamentos, representando o renascimento e o caminho de luz que o jovem casal irá trilhar, com prosperidade.
A bailarina precede a comitiva de convidados acompanhada por músicos e cantores. Em sua cabeça, equilibra um candelabro com doze velas acesas.
Dança do Jarro:
No Egito, a dança do jarro é originária dos rituais de nascimentos. A bailarina colocava um jarro d´água na cabeça e fazia movimentos artíticos.
A dança do jarro também simboliza as mulheres que saem de suas tendas e vão buscar água no Rio Nilo.
Khaleege ou Soudi:
Esta dança mostra toda a graça ds mulheres do Golfo Pérsico e dos Emirados Árabes. É a dança típica de festas e reuniões familiares.
Durante a dança, as mulheres "exibem" sues cabelos (que são motivo de orgulho) jogando-os de um lado par ao outro e executando desolcamentos graciosos e bem marcados. Os vestidos de khaleege são levemente transparentes e ricamente bordados.
Dança do Lenço Enrolado (Milaya A'Laff):
Sensual e satírica, esta dança é executada pelas mulheres baladi dos subúrbios do Cairo.
Com a borrka (chador tricotado reto, que deixa visível todo o rosto da bailarina, bem diferente dos chadores tradicionais, que escondemtotalmente o rosto), o Milaya A'Laff traz um clima de grande sensualidade, ousadia, descontração e até mesmo exagero.
É comum, nesta dança, vermos a bailarina emitindo várias vezes a zagareeta, tradicional grito de exaltação, mascando "chicletes" e falando em árabe. O ritmo geralmente é o Malfuf.
Dança das Taças:
Taças e velas, simbolizam a espiritualidade e festividade, como o casamento e a maternidade. A dança das taças está voltada para a própria bailarina, pois exalta seu corpo, despertando toda a feminilidade de si mesma.
A bailarina traz em suas mãos duas taças, onde se encontram as velas acesas.
Zhar:
Tradicional dança ritualística de países como o Sudão, a Líbia e sobretudo o Egito, é geralmente executada sob o ritmo Ayubi, que lembra a marcha de cavalos. Além disso, para alguns estudiosos, o Zhar é executado com o intuito de limpeza espiritual e expulsão dos espíritos malígnos.
Ele também tem sua cabeça energizada e benzida por um rapaz que usa incesário e dança ao seu lado.
Baladi:
Dança homônima ao ritmo, é típica dos migrantes camponeses que vivem em grandes centros, como Alexandria e Cairo. Rica em sensualidade, força, improvisações e em marcações que variam a aceleração, permitindo o Taksim.
A dança baladi é presença certa em qualquer show e/ou apresentação de dança do ventre. É ágil, marcada, vibrante e, muitas vezes, alterna momentos de aceleração diferenciada.
Solo de Derbake:
A origem desta modalidade vem desde o tempo dos rituais, pois eram acompanhados pela batids fortes da percussão, em que a sacerdotisa acompanhava as mesmas com precisão, exaltando as forças da terra.
O Derbake, principal instrumento de percusão, estabelece um diálogo com o corpo da bailarina, que interpreta cada som e cada ritmo que soa com os seus quadris, seguindo a dinâmica da música.
Dança da Bengala (Raks Al Assaya):
Do Alto Egito (sul), a popular e graciosa dança da bengala é, em geral, executada no ritmo Said.
Mostra toda a força, habilidade, equilíbrio e destreza da bailarina num estilo folclórico que é considerado uma espécie de sátira à dança masculina, denominada Tahbit.
Dança do Pandeiro:
Graciosa dança e provável origem cigana-egípcia, a dança do pandeiro é bastante alegre, executada em ritmos ágeis, como o Falahi, por exemplo. É uma dança que exige suavidade e boa percepção musical da bailarina, quando das intervenções do instrumento durante as apresentações.
Snujs:
No Egito Antigo, as bailarinas costumavam estalar os dedos para acompanhar o ritmo da música.
Este costume evoluiu com a utilização de pequenos instrumentos metálicos chamados snujs. Esta dança é bem alegre e mostra a habilidade da bailarina dançando e tocando um instrumento.
Dança do Punhal:
Reverencia a deusa Selkis, a Rainha dos Escorpiões. O simbolismo representa a morte, o sexo e a transformação.
Esta dança é cheia de mistério e suspense. Esta dança é de origem turca, e a bailarina causa muito suspense ao passar punhal bem próxima do público.
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