Mais um pouco sobre estilos de dança
"Nas minhas andanças pela net encontrei um site de uma bailarina Nanda Najla que continha um texto bem interessante sobre estilos, por este motivo, resolvi postá-lo aqui. Ele é bem completo. Vale a pena ler!"
ESTILOS DE DANÇA:
Confira os principais estilos de dança:
Bengala/Bastão e Tahtib:
• O Tahtib é uma dança beduína do Sul do Egito, originária dos nômades do deserto, que tangiam rebanhos com bengalas ou bastões. Inicialmente, a dança com este instrumento era exclusividade dos homens. É dançada com um cajado nas mãos, conhecido como shoumas, e este serve para fazer "acrobacias", que é o ponto forte da dança, representando uma espécie de luta, onde os homens atacam ou defendem-se de golpes imaginários.
Com o tempo, as mulheres fizeram uma adaptação desta dança masculina (Tahtib) e então surgiu a Raks Al Assaya, também conhecida como dança da bengala ou bastão (versão exclusivamente feminina desta dança).
O traje para esta dança deve ser folclórico. Os vestidos são os mais utilizados. Podem ser justos ou mais folgados, preferencialmente com aberturas laterais. Usa-se também lenços de medalhas nos quadris e enfeites na cabeça.
As mulheres manejam a bengala (ou bastão) demonstrando suas habilidades com o objeto, usando-o também como uma "moldura" para mostrar o corpo durante a execução de seus movimentos. É dançada em um ritmo chamado Saidi e os movimentos são graciosos, delicados e firmes. Nessa dança mostra-se a destreza da dançarina, o equilíbrio e o charme.
Candelabro:
• Raks Al Shamadan ou candelabro é uma dança tradicional Egípcia. Este tipo de dança existe há muitos anos e faz parte das celebrações de casamentos e nascimento de crianças. É tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a bailarina conduz o cortejo do casamento levando um candelabro específico para a dança na cabeça. Desta maneira, ela procura iluminar o caminho do casal de noivos, como uma forma de trazer felicidade para eles. Também faz parte deste ritual, a bailarina colocar as mãos dos noivos em seu ventre num certo momento da celebração, trazendo fertilidade para o casal.
Hoje em dia, é comum que a bailarina apresente a dança do candelabro no começo de seus shows. O fogo das velas representa a vida e elas (as velas), na maioria das vezes, são brancas, porém há quem goste de velas coloridas e acreditam em seus significados. O candelabro pode ser de 7, 9, 13 ou até mesmo mais velas, a critério de cada uma.
É de costume que a roupa seja toda preta ou toda branca, mas não há problema em dançar com roupas de outras cores também. Eu particularmente gosto muito da cor dourada para estas apresentações. O ideal é que a roupa seja composta e adequada para este tipo de dança que é considerada sagrada. Usa-se um véu na cabeça, por baixo do candelabro, e também um chadô (lenço que cobre a face deixando apenas os olhos expostos - este pode ser de tecido ou moedas), dando um certo mistério à sua dança.
Sua performance deve ser delicada. As ondulações e movimentos sinuosos são perfeitos. Os braços devem ser bem trabalhados e a cabeça sempre ereta. As músicas hoje em dia podem ser diversas, desde que lentas. Porém tradicionalmente, utiliza-se o ritmo zaffe (utilizado nas comemorações egípcias) e também o malfouf (tocado de forma mais lenta).
Dabke:
• O Dabke é uma dança folclórica de celebração, tradicional entre os povos árabes. Executada em grupo por uma longa cadeia de dançarinos homens e mulheres que se dão às mãos e se movem em círculo aberto, ou ao longo de extensa linha. Os passos cadenciados rígidos e a forte marcação com os pés indicam o papel primordial do homem nesta dança, cuja história está na cadência de seu passo decisivo ao amassar o barro para a construção da sua casa.
É a dança folclórica do Líbano, relativamente simples com contagem de quatro passos, sendo que o quarto é uma batida do pé no chão.
O Dabke ganhou espaço profissional com o aparecimento dos festivais nos anos 60, estabelecendo um padrão de excelência para essa forma de arte. Existem companhias profissionais que se apresentam em teatros ou são contratadas para abrir shows de outros artistas. E ainda hoje é possível encontrar, no interior do Líbano, nas aldeias mais afastadas, essa dança folclórica bastante pura e preservada.
Há dois tipos de Dabke: O popular, no qual se repetem os mesmos passos, normalmente dançado em festas e o Dabke coreografado, que agrega passos libaneses, sírios, palestinos, egípcios, etc. Um dos rítmos mais utilizados para se dançar é o jabalee.
Espada:
• Existem várias lendas para a origem da Raks Al Saif ou Dança da Espada. Uma delas diz que é uma dança em homenagem à deusa Neit, uma Deusa Egípcia Guerreira. Ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. Uma outra, diz que na antigüidade as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, com o intuito de mostrar que a espada era muito mais útil na dança do que parada em suas cinturas ou fazendo mortos e feridos. Dançar com a espada permite equilíbrio e domínio interior das forças densas e agressivas. Uma terceira lenda conta que na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um deles uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveriam provar que tinham muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-los.
Outra história remete à época de guerra entre turcos e gregos. Os otomanos teriam contratado algumas bailarinas para levarem vinho e dançarem para os soldados inimigos. Quando ficavam embriagados, elas deveriam pegar suas espadas e outras armas para dançar, facilitando o ataque. Uma outra lenda, diz que grupos de beduínos atacavam viajantes que passassem perto de seus territórios, no deserto, durante a noite, para roubar as mercadorias que transportavam. Os mercadores eram mortos e as mulheres beduínas ficavam com suas espadas. Para comemorar a vitória da tribo, elas dançavam exibindo-as como troféus. Existe ainda a versão que diz que esta dança é ocidental, ou seja, não está na cultura do oriente.
Hoje em dia, utilizamos a espada em nossas apresentações, demonstrando equilíbrio e habilidade em conjunto com os movimentos que devem ser realizados graciosamente. Numa performance com a espada, a bailarina deve equilibrar a espada na cabeça (realizando giros), no peito, na cintura, no dorso das mãos e nas pernas com muita suavidade e precisão. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir certo mistério. Não é aconselhável dançar um solo de Derbake com a espada por exemplo. A música deve ser composta inicialmente de momentos lentos e no final acelerar. Um bom ritmo seria o wahd wo noz que possui marcações e momentos ideais para se equilibrar a espada.
Flores:
• A dança das flores, tradicionalmente era realizada na época da primavera, quando as camponesas egípcias iam trabalhar na colheita das flores. A história diz que, para amenizar o trabalho da colheita, elas cantavam e dançavam. Mais adiante, tornou-se uma dança comum nas festas populares. Enquanto dança, a bailarina entrega as flores de seu cesto aos espectadores.
As Ghawazee também realizam a mesma dança, também conhecida como Dança do Cesto. Neste caso, a dançarina acrescenta algumas características próprias, como equilibrar o cesto de flores na cabeça, mexer suas saias rodadas enquanto dançam, e prender uma flor entre os dentes, por exemplo.
Guedra:
O Guedra é uma dança folclórica ritualística de invocação (dos povos do Tuaregs), onde se transmite energia através de movimentos dos dedos das mãos e punho, podendo ser realizada por uma mulher, duas ou uma mulher e uma criança que adornam seus dedos com henna. Inicia-se a dança com a cabeça coberta com véu preto ou azul. Cada articulação se move com um padrão cadenciado, em movimentos sincopados de ombros e área peitoral, que seguem as batidas rítmicas do instrumento de percussão, enquanto sua cabeça balança lateralmente e seu cabelo, adornado com todos os tipos de conchas e contas, aumenta a beleza do quadro.
Com a intensificação do ritmo, a bailarina cresce e torna-se ofegante, seus contornos faciais parecem tensos e contorcidos, os olhos se fecham, todo o seu ser parece de repente estar tomado por um feitiço. Exausta pelo esforço físico e emocional da dança, ela deixa o círculo mágico e outra toma o seu lugar.
O ritmo é similar à buleria flamenca, devido à complexidade. Possui um sentido diferente das danças de transe Zaar e Hadraa, já que é puramente alegre e não está conectada à sacrifícios de animais.
Os instrumentos usados são feitos com potes de barro, cobertos com pele de animais, presas com cordas.
Fonte: Samnya AbrasOrganização e adaptação do texto: Nanda Najla
Hagallah:
• Hagallah é uma dança de celebração e é realizada pelos beduínos da região de Mersa Matruh, próximo à Líbia, mas também é encontrado em outras partes do Oriente Médio. Acredita-se que a palavra Hagallah, venha do árabe hag'l, que designa "saltar, pular". É realizado junto dos noivos no Zaffe (procissão), que corresponde também à época de colheita.
Hagallah refere-se à dança, música e a esta celebração. Familiares e amigos acompanham com cantos e palmas, mostrando sua solidariedade para com os noivos. A figura central da festa é uma bailarina, que pode ser membro da família da noiva. A bailarina pode estar total ou parcialmente coberta por véus. Ela dança a frente de um homem, denominado de kefafeen. Esta dança não representa uma disputa entre homens e mulheres, mas denota o poder entre estes gêneros. A mulher caminha com passos curtos e shimmies à frente da procissão. Ela pode portar um bastão ou um véu em suas mãos, porém, o bastão não é manuseado como na dança Raks Al Assaya (Dança da bengala). O jogo sedutor na festa de casamento é muito complexo e hoje se encontra deturpado nas grandes cidades. No final da cerimônia, a bailarina ajoelha-se diante do kefafeen e entrega seu bastão ou seu véu. E ele lhe dá um ou dois braceletes como símbolo de força e sorte diante da nova proposta.
No Iraque, há uma versão para o Hagallah, onde a bailarina porta uma espada e os homens tentam tirar seu véu. Algumas vezes o resultado é desastrosos, podendo haver feridos.
Jarro:
• Dança com Jarro ou Samaritana, é uma dança da fertilidade, tendo como elemento a água, é também conhecida como Dança do Nilo. Acredita-se que sua origem tenha relação com as cerimônias realizadas pelos faraós à beira do rio Nilo, pedindo que ele inundasse suas margens para fertilizar as terras, beneficiando nas plantações e colheitas.
Em outra versão (folclórica), essa dança seria a representação da vida dos povos do deserto, onde a bailarina faz o trajeto de uma nômade que sai de sua tenda em direção ao oásis com o intuito de buscar água. No caminho, ela executa movimentos com o jarro como: equilibrar o jarro na cabeça, parar para descansar, refrescar-se, pegar a água e, finalmente, voltar à tenda.
Dançada apenas por mulheres, a bailarina deve usar uma roupa folclórica, que cubra todo o corpo, com uma faixa nos quadris, imitando o traje das beduínas, inclusive fazendo uso dos chadores (véus que cobrem o rosto). É necessário habilidade, equilíbrio e boa expressão facial. Pode ser utilizado com rítmicas folclóricas como o Fallahi (que é bem acelerado), ou mais lentas com movimentos sinuosos, representando os banhos das Sacerdotisas do Nilo.
O uso do jarro também pode ser visto na Fallahi, dança egípcia camponesa.
Khaleege:
• Khaleege é uma dança folclórica originária do Golfo Pérsico, área da Península Arábica que engloba países como Arábia Saudita, Kuwait, Oman, entre outros. O nome da dança vem exatamente de suas origens: khaleege, em árabe, significa golfo. Também é conhecida como Raks El Nacha'at.
Essa dança, praticada somente por mulheres, é comumente vista em festas femininas e casamentos desde a Antigüidade até os dias de hoje. São festas fechadas e familiares.
No oriente, é chamada dança dos desertos, já que os nômades são os dançarinos tradicionais. As mulheres vestidas com suas longas túnicas de corte geométrico e ricamente bordadas, dançam de forma bastante sensual movendo a cabeça, mexendo os cabelos e marcando o ritmo com os pés.
A execução da dança traz uma simples marcação para os pés, sendo o ponto forte da apresentação o trabalho de mãos, braços, cabeça (e cabelos - em geral longos), com movimentos circulares, etc.
A música para o khaleege também é diferenciada: o ritmo utilizado é o soudi.
Meleah Laff:
• A meleah é um tipo de véu oriental que ganhou popularidade no Egito nas décadas de 30 e 40, sendo única e exclusivamente deste país.
Meleah Laff significa lenço enrolado. Enrolado porque nesta dança as mulheres se envolvem em lenços pretos, de tamanho grande e tecido grosso, que pode ser ou não bordado. Seu maior atrativo era que, apesar de esconder o corpo, por ser escuro e pesado era ao mesmo tempo revelador, pois o tecido era enrolado bem apertado ao redor do corpo.
Meleah Laff era dançada pelas meninas do Cairo, sendo muito comum que a bailarina fosse extremamente carismática, muito charmosa e bastante exagerada nos gestos. São gestos bem típicos das mulheres balades do Egito. Hoje em dia é normal que você veja uma bailarina representando esse personagem e entrar para dançar mascando chicletes e falando em árabe no meio da música, por exemplo.
Apesar da meleah (véu) ter origem nos trajes humildes dos vilarejos, por ser inspirado nos xales usados pelos gregos de Alexandria, tornou-se item muito popular da moda egípcia.
A borrka é um tradicional acompanhamento desse traje, que nada mais é, que um lenço tricotado para o rosto, com amplos buracos que em vez de cobrir (no sentido tradicional do Islã), acrescentam mistério ao rosto. Ainda para compor o figurino, é utilizada uma tiara de flores na cabeça.
Apesar de dançar profissionalmente não ser considerado "certo", as mulheres encontravam uma maneira de realçar suas danças nas ocasiões festivas e comemorações. Começavam a dançar lentamente com a meleah, usando o gesto de se enrolar como parte da dança. O véu enrolado apertado e justo ao corpo mostrava as curvas do quadril e da cintura. Assim, o véu era utilizado para criar um tipo de dança provocante e sedutora, ainda que totalmente coberta. A dança com a meleah representa a dança misteriosa mais usada para o flerte e para conseguir um marido.
Para dançar o melea-Laff, é preciso que você saiba enrolar o véu de maneira correta no corpo, manuseá-lo e ter muito charme e graça!
O ritmo utilizado pode ser o fallahi ou até mesmo o malfouf numa versão mais acelerada.
Pandeiro:
• Tradicionalmente no oriente, a mulher sempre teve habilidade para tocar o pandeiro. Na maioria das vezes, ela tocava para outras mulheres dançarem. Porém, com a influência cigana, ela passou a tocá-lo também durante a sua própria dança.
Ligado a ritmos folclóricos, esse instrumento está relacionado com o mais autêntico espírito oriental, por isso o traje de quem o toca e dança deve ser um vestido e xale no quadril. Com o som forte do pandeiro, a bailarina deve marcar o ritmo com precisão e graça com o toque das mãos, nos quadris, nos ombros, na cabeça, nos joelhos e nos pés.
Era sempre feita com o sentido da comemoração, da alegria e da festa. Assim como os snujs, acompanha-se seu som com o ritmo da música. A música ideal é a que tenha bastante toques de pandeiro em sua composição. O pandeiro árabe (daff) tem um som mais forte.
Fonte: Samnya AbrasOrganização e adaptação do texto: Nanda Najla
Percussão (Derbake):
• Derbake ou Tabla é um instrumento de percussão imprescindível na música árabe, pois é ele que marca o ritmo do resto do grupo musical.
Uma versão da origem desta modalidade vem da antiguidade, quando as pessoas praticavam rituais e estes eram acompanhados pelas batidas fortes da percussão, onde a sacerdotisa as acompanhava com precisão com os movimentos de seus quadris, exaltando as forças da terra. Elas entravam dançando nos templos, energizando com seus pés, que carregavam seus corpos que se movimentavam representando as forças dos elementos e animais da terra. Com a invasão dos povos árabes no Grande Egito, os árabes se encantaram com essa dança, ensinando-a para suas mulheres.
Na atualidade, as bailarinas utilizam esta dança para encantar o público, pois é muito apreciada devido ao domínio corporal e técnica que a bailarina transmite.
E porque "solo de derbake"? Bom, esse termo aplica-se somente em casos onde a bailarina dança sozinha (solo). Mas isso não impede que este estilo de dança seja dançado em grupo (o que é bastante comum), mas neste caso não se deve aplicar o termo solo.
Nos solos de percussão, a bailarina deve possuir uma leitura percussiva perfeita para executar um boa performance e para isso ela deve estudar (escutar) muito a música que pretende apresentar. Ela deve ser expressiva e possuir movimentos fortes e precisos.
Quando a bailarina dança com música ao vivo, entre o derbakista (músico) e a bailarina, precisa existir um entendimento mútuo, e é necessário que ele conheça o estilo de dança dela e ela o estilo de toque dele no caso de uma improvisação. Mas é muito comum também, a bailarina escolher a música, estuda-la previamente e executa-la ao vivo. Mas é importante e fundamental que a bailarina, em ambos os casos, conheça os principais ritmos árabes, pois isso irá facilitar muito seu entendimento da música e fará com que ela se sinta segura e não seja pega de surpresa.
Fonte: Samnya AbrasOrganização e adaptação do texto: Nanda Najla
Punhal:
• Hoje em dia o punhal é considerado uma derivação da espada, não tendo um significado padrão, afinal quase nada se sabe sobre sua origem. Há uma versão que diz que essa dança era uma reverência à deusa Egípcia Selkis, a Rainha dos Escorpiões e representava a morte, a transformação e o sexo. Há também a versão que fala que esta dança era usada nos bordéis da Turquia e também se diz que na Arábia e no Marrocos é uma tradição.
Sabe-se também que o punhal era uma arma para defesa de situações que colocassem em risco a vida. Por isso, ficou bastante associada aos ciganos (que também o associavam como um símbolo que purifica as energias) e às mulheres que dançavam na rua em troca de dinheiro e utilizavam-no em situações de perigo.
Existem crenças sem muitas fontes de veracidade a respeito dos significados de cada gesto que a bailarina faz com o punhal durante sua dança. Vejamos alguns deles:
- Punhal com a ponta para fora da mão: A bailarina está livre, sem compromisso; - Punhal com a ponta para dentro da mão: A bailarina está comprometida;- Punhal deitado no peito: Demonstração de amor, ela está apaixonada;- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: Denotação de sexo;- Punhal na testa com a ponta para baixo: Magia;- Punhal na horizontal da testa: Morte;- Punhal entre os dentes: Desafio;- Equilibrar o punhal no ventre: Fertilidade;- Rodar com ele na testa: Destreza, habilidade;- Bater o punhal na bainha: Chamado para dança;- Punhal entre as mãos: Homenagem a alguém da platéia; boas vindas, alegria;- Passar o punhal pelo corpo: Sedução;- Pegá-lo com a ponta dos dedos e rodá-lo: É o sucesso da bailarina.
O traje para se dançar com o punhal é comum e as músicas devem ser bastante misteriosas e fortes. Dizem que as turcas são ideais. Um dos ritmos mais utilizados é o Wahd Wo Noss.
Ritualística:
• A dança ritualística é uma dança de devoção e poder. É uma das formas de honrar o divino feminino e a natureza. aqui especificamente passarei algumas informações sobre a dança dos 4 elementos. Eles são a Terra, o Ar, o Fogo e a Água. Cada um destes elementos podem tem movimentos específicos na dança que o simbolizam. Ao executar esta dança, é necessário se inspirar no sentido de cada elemento da natureza, absorvendo de cada um deles, todo o seu potencial.
"Terra, meu corpo..."
"Nos campos, nas florestas, nas montanhas e no nosso corpo, sentimos a força da Mãe Terra. Nela reside a força que nos nutre e alimenta para a vida. A terra possui tudo o que o homem precisa para viver e é neste ensinamento muito simples, que devemos descobrir onde residem nossas riquezas... é na terra, no nosso corpo, Templo Sagrado, lugar onde reside também o nosso Ser Superior..."
Dançando com a Terra::
"Desde o tempo dos rituais, sacerdotisas traduziam o som das batidas fortes da percussão dos tambores sagrados através de seus quadris, para exaltação das forças da terra. Elas dançavam nos templos, com os pés descalços, absorvendo toda energia provinda da Terra."
Os movimentos que estão relacionados ao elemento Terra são todos os pélvicos, especialmente os shimies e batidas. Uma boa forma de interpretar este elemento na dança, é através de um solo de derbake, onde a bailarina pode expressar toda essa energia, acompanhando as batidas da percussão com o corpo.
Algumas modalidades de dança também representativas: Solo de Derbake, Dança das flores, Dança da bengala, Dança com Pandeiro.
"Ar, meu sopro..."
"Nos ventos, nas brisas, na nossa respiração... sentimos o sopro de vida vindo do Universo. Ao nascer, nós iniciamos este ritual de respiração: inspirar e expirar, onde a vida e a morte se encontram continuamente, ensinando-nos a lição mais importante no ato de viver que é compreender a própria morte como parte inseparável da vida."
Dançando com o Ar:
"Uma bailarina deve ter a sensibilidade de sentir seu corpo, envolvido por véus que flutuam no ar, simbolizando os ventos que sopram no deserto, desde os tempos ancestrais..."
Estão relacionados ao elemento Ar os movimentos de braços, mãos, pescoço, cabeça e cabelos. Uma boa forma de interpretar este elemento na dança, é através da dança com Véus, onde a bailarina os utiliza como um prolongamento de seus braços, executando movimentos que fazem com que o véu se movimente no ar, fazendo com que a energia circule por todo o ambiente.
Algumas modalidades de dança também representativas: Dança com Véus, Dança com Snujs, Khaleege.
"Fogo, meu espírito..."
"No sol, nas estrelas, nas fogueiras, brasas e no nosso coração, sentimos a luz da vida. O fogo é o elemento das transmutações, das transformações. Sua força luminosa indica o caminho que deve ser seguido por aquele que conhece os ensinamentos do Universo. O fogo é a chama que, acessa dentro de nós, faz brilhar nossa aura e nossos olhos, revelando a força de nosso espírito."
Dançando com o Fogo:
"A dançarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e transmutador. Utilizando-se do fogo das velas, faz a representação da vida e a união entre as pessoas."
Estão relacionados ao elemento Fogo, os movimentos do busto, tronco, camelos, tremidos, cambrês e shimies, ondulações e batidas de ventre. Uma boa forma de representar este elemento é através da Dança das Taças, onde a bailarina celebra seu corpo e abre caminhos.
Algumas modalidades de dança também representativas: Dança das Taças, Candelabro.
"Água, meu sangue..."
"Nos mares, nos rios, nas corredeiras, nas cachoeiras, nas nossas veias, correm fluídos de vida e de força. A água é a senhora das emoções. Através dela todo nosso corpo libera os medos, as tristezas e as alegrias. Ela é responsável por purificar os corpos e é também o sêmem do homem quando cai sobre a terra fertilizando-a. A água é a força escorrendo pelas entranhas da terra e por nossos corpos. Sem ela não sobreviveríamos, não teríamos a vida..."
Dançando com a Água:
"Representando a fertilidade, o Rio Nilo era venerado no Antigo Egito. A dança era executada em cerimônias presididas pelos faraós à sua beira, para pedir ao rio que inundasse as terras em suas margens, possibilitando as plantações e as boas colheitas."
Estão relacionados ao elemento Água, os movimentos de Oitos, ondulações e redondos, além de mãos e braços. Uma boa forma de representar este elemento é através da Dança com Jarro, onde a bailarina representa o fluir das águas do Rio Nilo em seus jarros.
Algumas modalidades de dança também representativas: Dança com Jarro, Fallahi.
---
Dentro de uma só dança, é possivel interpretar todos os elementos. Pode-se também utilizar símbolos que representem-nos como por exemplo: Terra - pedra; Ar - pena ou incenso; Fogo - vela; Água - taça com água.
Serpente:
• Existe uma versão para a origem da Dança com Serpente que, antigamente as sacerdotisas dançavam em reverencia as Deusas com uma serpente de metal, muitas vezes de ouro (não eram com o animal, pois este era considerado sagrado e símbolo da sabedoria), para se conectar com o feminino. A serpente era apenas representada pelos adornos utilizados por elas e pelos movimentos de seu corpo.
Existe um registro no livro La Danza Mágica Del Vientre, de Shokry Mohamed, de uma bailarina retratada numa dança empunhando uma serpente de verdade. Nos dias atuais, temos inicialmente a popularização da dança do ventre com a serpente nos Estados Unidos. Vêem-se algumas bailarinas dançando com cobras de verdade, porem deve ser visto apenas como show de variedades (performances), já que nem nos primórdios da dança (de acordo com a lenda) o animal era utilizado.
Nesta versão da dança, a bailarina entra com a serpente enrolada em seu corpo, fazendo movimentos sinuosos e leves. A bailarina pode também pega-la com as mãos durante a dança e a colocar em outra posição no corpo (lembrando sempre que a serpente busca segurança e estabilidade, portanto ela sempre irá procurar se enrolar seja onde ela estiver).
Snujs:
• Uma versão da história diz que a dança com snuj era usada pelas sacerdotisas na antiguidade para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente.
Hoje as bailarinas o utilizam como um instrumento percussivo para acompanhamento rítmico durante suas apresentações. Conhecidos como Snujs, Cimbalos ou Saggat, são 4 pequenos pratinhos de metal que a bailarina usa nos dedos, sendo um par em cada mão, presos nos polegares e dedos médios com o elástico colocado atrás da cutícula.
Existem vários tipos e tamanhos de snujs, com sons e timbres variáveis. Pode ser tocado livremente, seguindo a música dançada, ou dentro do ritmo específico em questão.
Conhecer e aprender a diferenciar o ritmo árabe é essencial para conseguir tocar snujs. É preciso desenvolver um ouvido musical, as noções de ritmo e contagem de tempo. Um mesmo ritmo pode ficar mais lento ou mais rápido, conforme a música que estiver sendo executada. Se ainda não houver domínio sobre a parte musical, fatalmente a bailarina se atrapalhará quando o ritmo da música se alterar. Ela corre o risco, inclusive, de errar também na sua movimentação corporal.
As bailarinas com maior experiência costumam florear mais, ou mesmo tocar durante toda a sua dança. Mas isso não é regra: os snujs podem ser tocados só em alguns momentos, acompanhando uma pequena seqüência, a estrofe da música ou algumas batidas do derbake.
Uma outra possibilidade é da bailarina dançar ao som dos snujs, sendo que estes estarão sendo tocados por um músico.
Este instrumento requer muita prática e habilidade. Pode parecer difícil, mas com treino e seguindo algumas pequenas regras, como suspender o toque em momentos de taksim, tocá-los sempre alternados, observar as mudanças de ritmo dentro da música (e acompanhá-la dentro do compasso) e finalizar no momento correto, a bailarina só trará mais brilho à sua performance.
Taças:
• Acredita-se ser uma dança ocidental e não é considerada folclórica pelos povos do Oriente. Ela deriva-se da Raks Al Shemadan (dança com candelabro), portanto possui a mesma simbologia, sendo hoje comumente vista em casamentos, batizados e aniversários, servindo para iluminar os caminhos dos homenageados.
Nesta dança, a bailarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado, onde o fogo das velas representa a vida.
A bailarina dança com 2 taças com velas nas mãos cujo tamanho das velas não devem ultrapassar 2/3 do comprimento da taça, para que a chama da mesma não fique de fora da taça. Deve-se utilizar músicas lentas (no caso de casamentos e comemorações deve-se utilizar o zaffe), fazendo movimentos ondulatórios com o corpo e braços bem elaborados e emoldurados. Ilumina-se as regiões do corpo com as taças, onde se quer voltar a atenção de quem esta assistindo. Durante a dança, as taças também podem ser equilibradas em partes do corpo da bailarina, como coxas, barriga, cabeça, etc. demonstrando equilíbrio.
Tribal:
• Estilo Tribal, a dança do novo milênio? Não é folclore, nem é etnicamente tradicional. O Estilo Tribal é uma modalidade de dança que funde conceitos e movimentos de danças étnicas das mais variadas regiões, como Dança do Ventre, Flamenco, Dança Indiana e Dança Havaiana, além de folclores de diversas partes do Oriente e danças tribais da África Central.
É uma dança ecológica até em seu figurino, pois faz utilização de sementes, flores, conchas e tudo o mais que remeta à ancestralidade e naturalidade. Para dançar Tribal é preciso conhecer as etnias que irão compor o estilo através de estudo, o que fará com que nos aproximemos das diversidades culturais, dando margem à nossa compreensão das mesmas. Assim, o Tribal seria a dança do novo milênio, da universalização, da globalização. A Dança do futuro!
Histórico - A vertente surgiu nos EUA, em 1969, quando a bailarina Jamila Salimpour, ao fazer uma viagem ao Oriente, se encantou com os costumes dos povos tribais. De volta à América, Jamila resolveu inovar e mesclar as diversas manifestações culturais que havia conhecido em viagem.
Nos anos 1980, novas trupes já haviam se espalhado pelos EUA. Masha Archer, discípula de Jamila, ensina à Carolena Nericcio a técnica criada por Jamila baseada nos trabalhos de repetição e condicionamento muscular do Ballet Clássico adaptados aos movimentos das danças étnicas. Incentivada pelas diferenciações do novo estilo, Carolena forma sua própria trupe e dá novos contornos à história do Estilo Tribal. Com sua trupe Fat Chance Belly Dance, inseriu no Estilo Tribal a característica mais forte do Estilo Tribal Americano: a improvisação coordenada. Este sistema de improvisos parece uma brincadeira de "siga o líder" e baseia-se numa série de códigos e sinais corporais que as bailarinas aprendem, trupe a trupe. Esses sinais indicam qual será o próximo movimento a realizar, quando haverá transições, trocas de liderança, etc.
Uma nova postura foi adotada pelas bailarinas desse estilo, inspirada no flamenco, com posições corporais diferenciadas visando maior amplitude aos movimentos.Nos anos 90, o Estilo Tribal passou a demonstrar a presença de outras danças. Além da Dança do Ventre, introduziu Dança Indiana, Flamenco, dança moderna e jazz. Nasce ai o Neo Tribal, um sub-estilo que já não se mantém preso ao sistema de sinalização do Estilo Tribal Americano, trabalha com peças coreografadas e ganha liberdade com a adição de novos movimentos, inovações cênicas, acessórios e composição de figurino.
Em 2002, no Brasil, Shaide Halim (SP) cria a Cia. Halim Dança Étnica Contemporânea - a primeira trupe tribal do Brasil, criando assim o Estilo Tribal Brasileiro, adicionando algumas danças brasileiras ao estilo.
Véu:
• A dança com véus está presente em várias passagens de textos que falam sobre a dança dos povos do antigo Egito. Ela foi popularizada nos EUA e tem suas raízes antigas na "Dança dos Sete Véus", cuja versão mais antiga refere-se às antigas divindades que ascendiam aos céus e que para adquirir auto-conhecimento, desciam até o mundo subterrâneo onde teriam que passar por sete portais, sendo que em cada um deles deveria deixar um de seus atributos.
O maior obstáculo para nosso entendimento da história da dança com os véus vem das versões distorcidas da dança, apresentação inapropriada das dançarinas e informações imperfeitas fornecidas por historiadores.Em 1950 havia pouquíssimas dançarinas orientais nos EUA. Podiam ser encontradas apenas em casas noturnas étnicas. Se elas executavam sua dança com véus, era mais o resultado das influências de Hollywood, que mostravam as mulheres seminuas, posando como bailarinas de harém, do que propriamente um costume trazido de seu país de origem "Marrocos".
Um fato interessante é que aqui no ocidente, as bailarinas dançam grande parte de sua apresentação utilizando o véu (até mesmo durante toda a música), o que já não acontece no oriente, onde utilizam-se dele apenas para fazerem suas entradas.
A magia e a sensibilidade de uma bela dança utilizando os véus pode proporcionar uma experiência maravilhosa para os expectadores. Atualmente, o véu é o principal elemento na entrada da bailarina. Como um prolongamento dos braços, engrandece sua figura, chamando a atenção para sua chegada.
Mas além de um véu, existem várias possibilidades de utilização dele, que tornam essa dança ainda mais grandiosa: a dança com véu duplo (dois véus), a dança do sete véus, a dança com nove véus e também a dança com véu wing (véu que se parece com uma asa).
Tipos de tecido para o véu:
• Chiffon: é um clássico na fabricação de véus. Chiffon de nylon ou de seda são geralmente mais leves. • Voal: é mais pesado que o chiffon e bastante liso. Mas seu efeito visual não é tão bom quanto o Chiffon (embora seja perfeito para quando precisamos de transparências). • Organza: mais pesada e rígida que o voal. Uma categoria nomeada organza cristal possui um brilho extra. • Lamê: Geralmente são rígidos, mas existem alguns mais maleáveis. Prefira a qualidade conhecida como lamê líquido (feito com jérsey ou voal no verso) para conseguir o efeito de rotação ideal do véu. Ele é ideal para causar o efeito de um flash, em um visual mais dramático. • Crepe: Existem variedades mais leves ou mais pesadas. Alguns são levemente ásperos, outros lisos. Os mais delicados possuem alguma transparência e apesar de opacos, dão um visual bonito e são fáceis para trabalhar. Uma qualidade chamada Crepe Georgete é a mais comumente usada.
• Seda: Algumas qualidades de sedas naturais costumam ser bem leves. A seda etoille é macia, levemente enrugada e de uma leveza única. É um tecido de textura macia e lisa. A seda pura é um dos tecidos que proporciona movimentos muito bonitos com o véu.
O Formato dos Véus:
• Retangular: Esse formato é muito usado em danças étnicas e solos lentos, e fica melhor se fabricado com tecidos finos e leves. A vantagem desse véu é que seu trabalho torna-se mais expressivo. • Meio Círculo: Esse modelo é melhor usado em músicas mais agitadas, para realizar giros rápidos. O efeito visual do giro é muito melhor visto. Prefira tecidos um pouco mais encorpados.
As cores dos Véus:
• Verde: Utilize-a para representar as energias da natureza. Significa a esperança e perseverança. Também simboliza a fertilidade, o crescimento e a saúde.
• Vermelho: Utilize-a para elevação da energia física. É a cor do impulso sexual, que também representa a liderança, força de vontade e auto-estima.
• Amarelo ou Dourado: Utilize-a para trazer vivacidade, alegria e confiança. É uma cor que produz desinibição e diminui a ansiedade. Também está relacionada à cura de males espirituais.• Cinza ou Prateado: Utilize-a para ter equilíbrio e estabilidade.
• Violeta: Utilize-a para absorver a energia cósmica e para ter inspiração espiritual. Representa a magia, purifica e eleva o espírito.
• Marrom: Utilize-a para se conectar com a Mãe Terra. Simboliza a disciplina e a constância. Absorve toda a negatividade.
• Azul: Utilize-a para ter tranqüilidade, calmaria e clareza mental. Produz segurança, saúde emocional e afetuosidade.• Preto: Utilize-a para absorver, transmutar e devolver as energias negativas transformadas em positivas. Favorece um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial. Remove obstáculos e emoções não desejadas.
• Laranja: Utilize-a para ter sucesso e agilidade mental. Desencoraja a preguiça, atrai boa sorte e prosperidade.
• Rosa: Utilize-a para simbolizar o amor espiritual sem conotação sexual, o romance. Eleva as vibrações e o contato espiritual, afasta as energias negativas e promove fraternidade.
• Branco: Utilize-a para trazer pureza, sinceridade e verdade. Eleva as vibrações, equilibra a aura, facilitando o contato com as energias espirituais.
Zaar:
• Dança de exorcismo, que estabeleceu-se no Sudão em 1820. É uma dança de êxtase, praticada no norte da África e no Oriente Médio, não aceita pelo Islamismo. Ele é melhor descrito como sendo uma "cerimônia de cura", na qual utiliza-se percussão e dança. Seu ritmo é o Ayubi. Funciona também como uma forma de compartilhar conhecimento e solidariedade entre as mulheres destas culturas patriarcais.
No Zaar, a maior parte dos líderes e dos participantes são mulheres. Muitos estudiosos têm notado que, embora a maioria dos espíritos transmissores sejam masculinos, as "receptoras" geralmente são mulheres. Isto não significa que os homens não participem das cerimônias Zaar; ele podem ajudar na percussão, no sacrifício de animais, ou fazer as oferendas. De fato, em algumas culturas praticantes do Zaar, são observadas tendências em se inserir uma participação masculina maior, nas quais ele, mais do que cooperador, busca tornar-se o líder.
Atualmente ocorre uma proliferação de grupos de culto no Sudão, além de uma diversificação nos tipos de Zaar.
Quando esta dança é executada dentro de espetáculos de dança, ela não possui um objetivo ritualístico.
Fonte: Shaide Halim - Organização e adaptação do texto: Nanda Najla
Nenhum comentário:
Postar um comentário